Propina da OAS bancou imóveis de Vital do Rêgo, diz Lava Jato
A força-tarefa da Operação Lava Jato diz que a propina da OAS teria sido usada para comprar imóveis atribuídos ao ministro do Tribunal de Contas da União Vital do Rêgo. Um assessor do ministro e outros homens de sua confiança foram alvo de buscas e apreensões nesta terça-feira, 25. Eles são apontados como supostos intermediários...
A força-tarefa da Operação Lava Jato diz que a propina da OAS teria sido usada para comprar imóveis atribuídos ao ministro do Tribunal de Contas da União Vital do Rêgo. Um assessor do ministro e outros homens de sua confiança foram alvo de buscas e apreensões nesta terça-feira, 25. Eles são apontados como supostos intermediários do recebimento dos repasses da empreiteira. Parte do dinheiro recebido teria sido lavada com a compra de imóveis.
O ministro é investigado por fatos ocorridos em 2014, época em que era senador e presidente da CPMI da Petrobras. Ele foi denunciado por receber 3 milhões de reais da OAS para que o então presidente da empreiteira Léo Pinheiro fosse blindado no colegiado. A Lava Jato ainda investiga se a doação de um milhão de reais da construtora ao diretório nacional do MDB seria fruto de corrupção e lavagem de dinheiro.
A força-tarefa descobriu ainda a participação de um homem de confiança do ministro do TCU na aquisição de dois apartamentos que estão em nome de Vital do Rêgo e de sua mulher. Trata-se de João Monteiro, diretor do Sebrae na Paraíba. Ele teria feito contatos com Alexandre Almeida, assessor do TCU sob suspeita de ser um dos intermediários dos repasses da OAS. Também foram identificadas ligações de Monteiro ao próprio ministro à época dos fatos investigados e a executivos da OAS. Para a Lava Jato, Monteiro seria o operador da lavagem de dinheiro de Vital do Rego com imóveis.
Em 2014, por exemplo, Monteiro emitiu três cheques de 59 mil reais ao condomínio Rio Garapirá, em Cabedelo, na Paraíba, onde está localizado o apartamento do ministro. "Nas Declarações de Imposto de Renda de João Monteiro não há informações a respeito de locação, em seu nome, da cobertura localizada no Edifício Rio Garapirá, e não existem registros de devolução do recurso por parte de Vital do Rêgo ou de sua esposa após os pagamentos efetuados ao condomínio quando ela já tinha a titularidade do apartamento", diz a Lava Jato.
Nas investigações, Monteiro também aparece quitando um apartamento em João Pessoa que pertence a Vilauba Moraes Vital do Rêgo, esposa do ministro. "Assim como no caso do imóvel anterior, foram identificados no e-mail de João Monteiro dois recibos de pagamento de parcelas do apartamento nº 3103, com vencimento em meses de 2015 e de 2018. O boleto com vencimento em 2018, por exemplo, foi emitido em nome de Viulauba Moraes Vital do Rêgo, mas com o endereço de João Monteiro", narra a Lava Jato.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (5)
José
2021-02-16 13:00:20Tudodominado
Edson
2020-08-25 19:33:49Esse ministro precisa se explicar muito bem, ele deveria se afastar do TCU para permitir que às investigações prossigam, com todo respeito
MARCELO
2020-08-25 18:20:59Gente, quem em colocou um sabujo destes como juiz para aprovar contas da União? Ou era conivente, ou ignorante!
Maria
2020-08-25 17:41:11só num país desmoralizado o ladrão vira juiz para julgar as contas.
sergio
2020-08-25 17:28:16Dá para entender porque todos eles combatem ferozmente a LavaJato e o Deltan? Lamentável que muita gente ainda apoia os bandidos seja por interesse ou por mera ignorância.