Deputados querem elevar nossas contas de luz em R$ 25 bi ao ano
Um clássico: o projeto de lei é aprovado como se fosse fazer um bem ao meio ambiente e à economia do país, mas, caso vire lei, vai obrigar a compra de energia de fontes poluentes e representará um custo absurdo para o bolso de cada brasileiro. O PL 11247/18 pretende incentivar o desenvolvimento de usinas...
Um clássico: o projeto de lei é aprovado como se fosse fazer um bem ao meio ambiente e à economia do país, mas, caso vire lei, vai obrigar a compra de energia de fontes poluentes e representará um custo absurdo para o bolso de cada brasileiro.
O PL 11247/18 pretende incentivar o desenvolvimento de usinas eólicas offshore, mas veio acompanhado de uns belos jabutis e, caso venha a virar lei de fato (falta passar pelo Senado), custará 25 bilhões de reais por ano aos consumidores até 2050 (são 658 bilhões de reais no total).
A conta, que embasa reportagem de Crusoé, foi feita pela consultoria PSR a pedido da Frente Nacional dos Consumidores de Energia e outras sete associações do setor. O projeto de lei, "que nasceu para fomentar a produção de energia limpa em alto mar (o que por si só seria questionável, dada a abundância de ambientes propícios em solo brasileiro), foi recheado com os famosos jabutis – como o jargão legislativo se refere à adição de matérias estranhas ao objetivo do projeto em avaliação", explica a reportagem.
A proposta de espírito ambientalista recebeu emendas que impõem a contratação compulsória de térmicas a gás e a manutenção da operação de térmicas a carvão. É exatamente o contrário do alegado para aprová-la em 29 de novembro, quando ainda corria a COP 28, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada neste ano em Dubai.
Na sessão de aprovação na Câmara, o deputado gaúcho Bibo Nunes (PL-RS) discursou assim para defender a proposta:
"Sou totalmente favorável ao incentivo à diversificação da matriz energética no Brasil. No art. 23, foi colocado um projeto meu em que nós conseguimos entender a necessidade da Usina Termelétrica de Candiota, no Rio Grande do Sul, dando a essa usina o mesmo tratamento conferido ao Estado de Santa Catarina, de modo a preservar milhares de postos de trabalho."
O custo para a preservação desses postos de trabalho deverá ser repartido por todos os brasileiros ao longo dos próximos 30 anos.
"Toda energia renovável limpa é bem-vinda, mas, infelizmente, nesta Casa, nós vemos que falta energia limpa, energia positiva em algumas mentes da esquerda brasileira, sempre contra tudo e a favor de nada, a favor do 'quanto pior, melhor'. Nem energia eólica, nem energia fotovoltaica, nada a satisfaz, quando votamos a favor do desenvolvimento e do progresso", finalizou, para defender o voto "sim".
Assine Crusoé e leia mais detalhes sobre esse choque de anticapitalismo.
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Comentários (4)
Sônia Adonis Fioravanti
2023-12-18 07:57:17OS ÍNTEGROS 🐀🐀representantes ,só legislam em causa própria .uma quadrilha sem cara ter e saqueadoara
Maria
2023-12-17 20:12:38Eu nunca fiz e nunca farei o “L” de LULADRÃO, mesmo assim sou obrigada a suportar e a pagar as burrices e as roubalheiras dessa quadrilha.
MARCOS ANTONIO RAINHO GOMES DA COSTA
2023-12-17 19:40:31QUANTO DESSES BILHÕES VÃO PARA OS BOLSOS DESSES PICARETAS?
Andre Luis Dos Santos
2023-12-17 15:13:05Provavelmente os donos dessas usinas termelétricas são “buddy-buddy” de muitos desses políticos. Sabe como é, contribuem pra campanhas, superfaturam contratos pra pagar um pixuleco aqui e ali. Tudo visando o melhor interesse do país.