Deportar ilegais é um direito do Estado americano
Quem decide quem pode ficar nos Estados Unidos e deve pesar os prós e os contras das políticas migratórias são os americanos e os seus representantes eleitos, incluindo o presidente Trump. E isso não tem nada de racista ou xenófobo
O presidente eleito Donald Trump (na foto, em 2020) prometeu realizar a maior deportação de imigrantes ilegais da história dos Estados Unidos.
Duas escolhas de Trump para os cargos principais de seu governo — Tom Homan como "czar da fronteira" e Stephen Miler para conselheiro na Casa Branca — demonstram que ele está falando sério a esse respeito.
A promessa do republicano fez muita gente protestar contra supostas violações de direitos humanos. Alguns chegam até a dizer que Trump seria racista ou xenófobo.
Nada disso.
Deportar ilegais é um direito de qualquer Estado.
Todo Estado tem por prerrogativa estabelecer quem são as pessoas que legalmente estão aptas a viver dentro dele e quais não estão.
Um brasileiro que queira viver nos Estados Unidos precisa entender quais são as regras para pedir o visto de imigração.
Se não consegue cumprir as regras, deve resignar-se e aceitá-las.
Quem entra ilegalmente nos Estados Unidos não ganha o direito de viver nesse país.
Quando são detidas, essas pessoas são submetidas a um processo, em que um juiz decide se ela tem ou não o direito de ficar no país.
Caso o juiz decida que a pessoa está ilegal, ela é convidada a sair de maneira voluntária. Se isso não ocorrer, pode ser adotada uma medita compulsória.
Há até os "juízes de imigração", que só trabalham com esses casos.
Em 2021, quando Jair Bolsonaro era presidente em Brasília e Trump, em Washington, aviões com pessoas que estavam ilegais nos Estados Unidos começaram a ser enviados para o Brasil, principalmente para Minas Gerais.
No seu próximo mandato, que começa em janeiro, Trump poderá comprar brigas com os governadores estaduais caso tente promover operações policiais em escritórios, fábricas e fazendas em busca de ilegais.
Caso tente alterar o funcionamento dos alojamentos, separando familiares, isso também geraria muita controvérsia, como já ocorreu no passado.
Mas o próximo presidente terá plena liberdade para contratar mais funcionários para as agências que vigiam a fronteira e para os tribunais de imigração.
Também poderá disponibilizar mais recursos para deportar os ilegais em aviões.
Claro, a maior parte da imprensa, que é próxima ao Partido Democrata, vai fazer muito escândalo.
É verdade que os Estados Unidos estão hoje com desemprego muito baixo, em torno de 4%, e precisam de mão de obra estrangeira para a economia seguir crescendo.
Deter ilegais e deportá-los pode afetar negativamente a agricultura, a construção civil e o setor de tecnologia.
Mas, ainda que ressalvas como essas possam ser feitas, quem decide quem pode ficar no país e deve pesar os prós e os contras são os americanos e os seus representantes eleitos, incluindo o presidente Trump.
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Comentários (1)
ISABELLE ALÉSSIO
2024-11-12 16:25:03Exatamente . Gostei do texto!