Depois de Los Angeles e Washington, Trump quer enviar tropas da Guarda Nacional para Chicago
"Chicago está caótica", afirmou Trump durante uma coletiva de imprensa no Salão Oval. "Provavelmente resolveremos isso em breve; não será difícil"

O presidente americano Donaldo Trumo estuda atualmente a possibilidade de enviar tropas para diversas cidades americanas, começando por Chicago.
No mês de junho, ele já havia mobilizado a Guarda Nacional em Los Angeles e, mais recentemente, no distrito da capital, Washington.
"Chicago está caótica", afirmou Trump durante uma coletiva de imprensa no Salão Oval. "Provavelmente resolveremos isso em breve; não será difícil."
Conforme reportado pelo "Washington Post", o Pentágono tem trabalhado em planos para uma operação em Chicago há várias semanas.
A mobilização pode ocorrer já em setembro, envolvendo milhares de membros da Guarda Nacional.
Chicago, com 2,7 milhões de habitantes, é a terceira maior cidade dos Estados Unidos, atrás apenas de Nova York e Los Angeles.
Chicago enfrenta desafios significativos: a cidade registra a maior taxa de homicídios do país há treze anos consecutivos.
Em 2024, foram registrados 573 assassinatos — três vezes mais do que em Los Angeles e cinco vezes mais do que em Nova York, segundo cálculos do jornal local "The Center Square". Trump tem frequentemente criticado os índices criminais da cidade.
A Guarda Nacional
No entanto, o envio da Guarda Nacional para lidar com esses problemas é inédito nos Estados Unidos.
Embora o presidente tenha autoridade para convocar a Guarda Nacional em situações de emergência nacional, fazê-lo contra a vontade dos governadores é uma prática rara.
No caso da mobilização em Los Angeles em junho passado, o governador californiano Gavin Newsom se opôs explicitamente à ação.
A legalidade desse tipo de intervenção ainda está sendo questionada nos tribunais; processos estão em andamento para determinar se a mobilização em Los Angeles foi legítima dado o descontentamento do governador local.
Adicionalmente, os membros da Guarda Nacional foram chamados para ajudar nas operações da imigração em dezenove estados republicanos sob coordenação do Pentágono.
Atualmente, Washington conta com 2.200 membros da Guarda Nacional em serviço, enquanto Los Angeles teve 4.000 tropas e 700 fuzileiros navais mobilizados no último mês de junho.
A estratégia de Trump parece seguir um padrão: após Chicago, ele menciona Nova York como um próximo alvo e aponta outras cidades como Baltimore, Oakland e São Francisco como locais com sérios problemas.
Curiosamente, todas essas cidades são administradas por prefeitos democratas. O presidente não apenas se propõe a combater a criminalidade nessas áreas, mas também pretende abordar questões como a falta de moradia e imigração irregular.
Acusação de racismo
O prefeito de Baltimore, Brandon Scott, acusou Trump de racismo na escolha das cidades-alvo: "Ele está deliberadamente atacando cidades com maioria negra", declarou ao canal CNN.
O governador do estado de Maryland, Wes Moore, apoiou essa crítica ao afirmar que a criminalidade caiu devido ao trabalho das comunidades locais e que nunca usaria a Guarda Nacional para efeitos teatrais.
Ele ressaltou que as cidades criticadas por Trump são aquelas que ele nunca visitou.
Em resposta às declarações do governador Moore, Trump não hesitou em atacar publicamente o político através da plataforma Truth Social e reafirmou sua disposição de enviar a Guarda Nacional para Baltimore.
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