Depois da Rússia, Celso Amorim vai até a China
Lula colocou Celso Amorim (foto), seu assessor especial para assuntos internacionais, em mais uma de suas articulações internacionais: a partir de segunda-feira, 20, por nove dias, o ex-chanceler deve ir para a China, manter agenda com autoridades do país. A autorização para as conversas foi dada por Lula nesta sexta-feira, 17, no Diário Oficial da...
Lula colocou Celso Amorim (foto), seu assessor especial para assuntos internacionais, em mais uma de suas articulações internacionais: a partir de segunda-feira, 20, por nove dias, o ex-chanceler deve ir para a China, manter agenda com autoridades do país. A autorização para as conversas foi dada por Lula nesta sexta-feira, 17, no Diário Oficial da União.
A ida de Amorim a Pequim — e também a Xangai, sede econômica do país — não teve agenda revelada. No entanto, o ex-chanceler deve se encontrar com autoridades do Partido Comunista Chinês no país.
Esta é a segunda agenda internacional em um mês do "chanceler informal" de Lula. No final de abril, a pedido do presidente, o diplomata foi a três países da Europa, incluindo uma ida à Rússia para um fórum de segurança organizado por Vladimir Putin.
Apenas países aliados com a Rússia participaram. E Amorim não largou a mão do país:
"Nós estamos experimentando a emergência de fatos perigosos que estão interligados: terrorismo, violação do direito internacional, o uso de armas proibidas, sanções unilaterais e o uso crescente de novas tecnologias para propósitos ilícitos", disse Amorim.
Quem violou o direito internacional foi a Rússia, ao invadir a Ucrânia. Ao ir até São Petersburgo para participar de uma conferência de segurança, organizada pelo Kremlin, o sinal que Amorim envia é exatamente o oposto do discurso que ele prega, pois ele está apoiando o governante que cometeu essa violação.
O esforço de Lula em colocar Amorim para negociar com as potências autocráticas não é o mesmo que o petista deve colocar para auxiliar a Ucrânia a combater a invasão russa em seu território. Nessa semana, o chefe de Estado brasileiro indicou que não tem paciência ou vontade de cooperar com os esforços de Kiev em uma "Cúpula pela Paz", rejeitando o o convite para uma reunião a ser realizada na Suíça.
Lula foi convidado para o evento presencial tanto pelo chanceler da Suíça, Ignacio Cassis, quanto pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O petista e o chanceler Mauro Vieira se reuniram esta semana, segundo fontes diplomáticas brasileiras, e decidiram que a delegação que vai representar o país na cúpula não será chefiada pelo presidente. Não foi definido ainda, no entanto, quem ocupará esse papel.
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Comentários (3)
100413CAIO02
2024-05-19 13:08:05Lula não abre mão de sua parceria ideológica e política com os mais indignos governantes do mundo, enxovalhando cada vez mais a diplomacia do país. Amorim é um lambe botas sempre pronto a obedecer seu chefe e infelizmente o presidente de nosso pobre país!
Marcia Elizabeth Brunetti
2024-05-18 16:51:03Lula seguindo na contramão e nos deixando entregues a um grupo de países que não respeita direitos humanos, que é intolerante com oponentes e averso a liberdade de expressão. É o cúmulo da contradição.
KEDMA
2024-05-18 09:07:31E nossos impostos indo para o ralo já que o (des)governo precisa manter essas duas figuras: um chanceler de fato e o outro de confiança. #ForaLula! #ForaLula!