Deltan critica Gilmar: 'Parte do STF segue lema de não deixar punir corruptos'
Ex-coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol (foto) criticou nesta terça-feira, 15, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, por uma investida pela investigação do juiz Marcelo Bretas e de procuradores da extinta força-tarefa no Rio. Crítico ferrenho da operação, Gilmar decidiu encaminhar ao Conselho Nacional do Ministério Público uma delação ainda não...
Ex-coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol (foto) criticou nesta terça-feira, 15, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, por uma investida pela investigação do juiz Marcelo Bretas e de procuradores da extinta força-tarefa no Rio.
Crítico ferrenho da operação, Gilmar decidiu encaminhar ao Conselho Nacional do Ministério Público uma delação ainda não homologada em que o advogado José Antônio Fichtner alega ter sido vítima de "tortura psicológica" exercida pelos nomes ligados à Lava Jato fluminense.
Irmão do ex-secretário do governo do Rio Régis Fichtner, José ainda diz no acordo que recebeu do advogado Nythalmar Dias Ferreira uma suposta oferta de influência junto a Bretas, responsável por julgar as ações que o envolviam na 7ª Vara Federal Criminal do estado.
Nas redes, Dallagnol rebateu as falas de Fichtner e avaliou que elas lembram uma "ladainha de que réus presos eram pressionados a colaborar", muito embora mais de 80% dos acordos tenham sido celebrados com alvos soltos.
O ex-procurador pontuou que Gilmar jamais aceitou o uso do acervo de um acordo não homologado contra "corruptos que desviaram bilhões", mas não titubeou em fazê-lo com a mira no juiz federal e em procuradores. "Todos sabem que as provas de uma delação só são usadas após ser assinada e se for assinada", argumentou.
Para o ex-coordenador da Lava Jato, "o sistema está doido para punir os procuradores e juízes que trabalham contra a corrupção". "O lema do STF deveria ser não roubar, não deixar roubar e punir quem rouba. Parte do STF segue outro lema: não punir, não deixar punir e punir quem pune".
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Comentários (10)
PAULO
2022-02-17 10:54:37Exato, Dallagnol. Claro como água. As decisões desses togados, tomadas com tamanha desfaçatez, nos assustam. Confirmam o que se percebe desde o amplo acórdão montado após a Lava-Jato apontar suas baterias para o PSDB. Passaram a proteger corruptos e corruptores de todas as origens políticas, com o requinte de perseguir quem ousou admoesta-los. Nada temem. A ignorância da população, há séculos mantida por esta mesma casta política, garante o ambiente ideal para tais crimes contra nosso país.
Mariella
2022-02-16 21:19:23Deus te guarde e te dê forças pra crescer cada vez mais, na Política e na cena pública, Deltan! O Brasil precisa desesperadamente de humanos decentes e corajosos como vc!
Caius Justus
2022-02-16 18:44:24Força, Dalagnoll! Siga em frente sem afrouxar para esses "ministros" de meia tigela. Gilmar Mendes devia pedir desculpas para os filhos por tanta vergonha... MORO 2022
Regina
2022-02-16 18:36:19Gilmar só pode ser contra os Procuradores e Juízes,pois é totalmente a favor dos bandidos amigos e aliados!
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2022-02-16 18:18:34Concordo plenamente com estas afirmações do Deltan Dallagnol. As altas esferas do Judiciário brasileiro estão desmoralizadas graças ao Gilmar Mendes e seus aliados.
Pedro
2022-02-16 14:04:17O Juiz Marcelo Bretas é odiado pela bandidagem que rapina, e sempre rapinou, os cofres públicos do Estado do Rio de Janeiro. Além disso, sofre a perseguição dos chamados 'garantistas' da Corrupção Impune. Por um Brasil decente SERGIO MORO Presidente! 🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷
Maria
2022-02-16 13:39:54Perfeito!!! E depois essas pessoas como o Sr Gilmar falam em respeito!!!!
Waleska
2022-02-16 13:02:15Moro 2022.
ALBANO
2022-02-16 13:00:13Sempre que vejo a cara do beiçola, ou ouço o nome do estrume, lembro de uma velha estória boliviana. A conclusão da pequena estória é: "justiça" no Brasil é como Marinha na Bolívia
Eduardo
2022-02-16 12:54:08Parabéns Deltan! Moro22