'Decotelli tem desafio de recompor relações', diz líder de frente da Educação
Líder da Frente Parlamentar Mista da Educação, a deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (foto) viu com bons olhos a nomeação do professor Carlos Decotelli para a chefia do Ministério da Educação. A parlamentar avaliou que a escolha sinaliza que o presidente Jair Bolsonaro compreendeu que nomes com atuação "extremamente ideológica" não conseguem avançar na gestão...
Líder da Frente Parlamentar Mista da Educação, a deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (foto) viu com bons olhos a nomeação do professor Carlos Decotelli para a chefia do Ministério da Educação. A parlamentar avaliou que a escolha sinaliza que o presidente Jair Bolsonaro compreendeu que nomes com atuação "extremamente ideológica" não conseguem avançar na gestão educacional.
Oficial da reserva da Marinha, Decotteli chegou ao comando do MEC com o apoio de militares do governo, no que representou uma derrota para olavistas. Ele assume com o desafio de reconstruir relações minadas pela atuação de Abraham Weintraub, o qual, nas palavras da deputada, "tinha posição de confronto" e "vivia em um ringue permanente".
"O ex-ministro ignorou completamente a Educação. Ele não tinha proximidade com o Ensino Superior, os Institutos Federais, a educação básica. O maior desafio de Decotteli será recompor esses paceiros. Estados e municípios atendem mais de 40 milhões de alunos. É importante lembrar disso", pontuou Professora Dorinha. "E com o Congresso também, porque, hoje, a relação está totalmente interrompida", completou.
O novo ministro é bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Ele ainda tem mestrado em Administração pela Fundação Getúlio Vargas; doutorado pela Universidade Nacional de Rosário, na Argentina; e pós-doutorado pela Universidade Wuppertal, na Alemanha.
O nome de Decotelli não é novidade no MEC. Ele atuou como presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, FNDE, entre fevereiro e agosto de 2019. À época, de acordo com a deputada, mostrou-se "acessível" e "extremamente receptivo".
Naquele período, os dois discutiram, principalmente, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, Fundeb, operacionalizado pelo FNDE.
"Embora não seja uma pessoa próxima às redes, tem uma excelente formação. Tive muito contato com ele na época em que foi presidente do FNDE. Foi quem mais levou a sério o debate sobre o Fundeb no MEC", lembrou. "Não tenho vivência com ele na questão da Educação Básica, mas, do ponto de vista do Congresso e da Frente Parlamentar, temos condições de estabelecer um bom diálogo."
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