Crusoé nº 380: Quem quer dinheiro?
Lula usa tarifaço para impulsionar gastos, cativar empresários e melhorar aprovação. E mais: a volta dos sumidos e esgotamento da esquerda

O tarifaço imposto pelo presidente americano Donald Trump a produtos brasileiros deixou Lula na posição em que ele mais gosta de estar: aquela em que ele pode estourar as contas públicas para turbinar as suas chances eleitorais e aproximar-se dos empresários amigos.
O governo anunciou na quarta, 13, um pacote de medidas econômicas embalado com o título populista de Brasil Soberano.
A medida foi tomada uma semana após a entrada em vigor do tarifaço, sem que a diplomacia brasileira fosse capaz de costurar um acordo com Washington.
Lula, aliás, tem dado sinais de que não tem a menor disposição de ligar para Trump, preferindo recorrer ao socorro estatal das empresas e à busca de novos mercados.
“Se os Estados Unidos não querem comprar, nós vamos procurar outro país”, disse o petista no anúncio da medida provisória.
A medida separa 30 bilhões de reais em crédito para as empresas exportadoras.
O gasto aumentará a dívida pública, em um momento em que o governo já não consegue cumprir com suas obrigações financeiras, dizem Duda Teixeira e José Inácio Pilar em "Quem quer dinheiro?", a reportagem de capa da edição desta semana de Crusoé.
Outros destaques de Crusoé
Na matéria "A volta dos sumidos", Wilson Lima mostra como os ex-presidentes da Câmara Rodrigo Maia e Arthur Lira reapareceram para conter crise envolvendo tarifaço e motim na Mesa Diretora.
Na reportagem "O próximo passo da autonomia", Guilherme Resck conta que senadores podem votar PEC que concede autonomia orçamentária ao Banco Central e fortalece a instituição.
Em "O esgotamento da esquerda", João Pedro Farah revela como o fracasso do modelo econômico estatizante de Evo Morales e Luis Arce Catacora eleva as chances da direita na eleição presidencial boliviana.
Colunistas
Privilegiando o assinante de O Antagonista+Crusoé, que apoia o jornalismo independente, também reunimos nosso timaço de colunistas.
Nesta edição, escrevem Dennys Xavier (Adultização é problema doméstico), Roberto Reis (A torcida pelo impeachment), Leonardo Barreto (Conversando com o diabo), Jerônimo Teixeira (A era da pós-hipocrisia), Gustavo Nogy (Um fantástico anonimato), Josias Teófilo (Cidades futuras brasileiras) e Rodolfo Borges (Os mercadores de Itaquera).
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