Crusoé 357: Oscar brasileiro
O que o cinema nacional ganha com o prêmio para Ainda estou aqui

Foi um longo caminho desde aquele 8 de julho de 1896, no Rio de Janeiro, quando o belga Henri Paillie, numa sala alugada na Rua do Ouvidor, apresentou à elite carioca, pela primeira vez em solo brasileiro, um conjunto de oito pequenos filmes, cada um com cerca de um minuto de duração. A capital do país descobria o cinema. Quase cento e trinta anos depois, um outro filho da elite carioca, Walter Moreira Salles Júnior, levantava a pequena estatueta dourada de 35 cm de altura que colocou o Brasil no seleto grupo de países que conquistaram a honra máxima do cinema. O Oscar de Melhor Filme Internacional, em especial, é uma categoria única que não premia diretamente os envolvidos no filme, mas seu país de origem. Não há exagero algum em dizer que o Oscar para Ainda Estou Aqui (2024) foi um prêmio para o Brasil, que comemorou efusivamente a conquista em pleno domingo de Carnaval, numa simbiose entre Hollywood e a Marquês de Sapucaí que soaria inverossímil num roteiro de cinema. Para Sérgio Sá Leitão, ex-ministro da cultura do governo Temer, “o prêmio da Academia deve aumentar o apetite por filmes brasileiros no mercado internacional, abrindo portas que estavam fechadas; deve estimular a qualidade e a relevância dos projetos, funcionando como um novo paradigma de excelência para os realizadores brasileiros”. O filme brasileiro vencedor do Oscar, Ainda Estou Aqui, é uma história que revela muito sobre a atual da indústria audiovisual brasileira, diz a reportagem de capa da nova edição de Crusoé, assinada por Alexandre Borges.
Outros destaques de Crusoé
A matéria "Extremo petismo", assinada por Wilson Lima, revela como a indicação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais e a possível de entrada de Guilherme Boulos na Secretaria-Geral da Presidência podem levar ao desembarque do Centrão do governo Lula. A reportagem "Trump faz as vontades de Putin", de Duda Teixeira, mostra como três anos após iniciar uma guerra na Europa que deixou mais de 200 mil mortos, o ditador russo conseguiu tudo o que queria do presidente americano.
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Privilegiando o assinante de O Antagonista+Crusoé, que apoia o jornalismo independente, também reunimos nosso timaço de colunistas. Nesta edição, escrevem Leonardo Barreto, Ivo Patarra, Catarina Rochamonte, Dennys Xavier, Josias Teófilo, Jerônimo Teixeira, Orlando Tosetto Júnior e Rodolfo Borges.
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