CPI faz reunião secreta para analisar dados sigilosos de lobista da Precisa
Chamados pelo presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, senadores da comissão participam na manhã desta quinta-feira, 2, de uma reunião secreta para analisar vídeos, áudios e documentos sigilosos sobre a atuação de Marconny Albernaz Faria, apontado como lobista da Precisa Medicamentos. Para evitar vazamentos, houve ordem até mesmo para o desligamento das câmeras do circuito...

Chamados pelo presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, senadores da comissão participam na manhã desta quinta-feira, 2, de uma reunião secreta para analisar vídeos, áudios e documentos sigilosos sobre a atuação de Marconny Albernaz Faria, apontado como lobista da Precisa Medicamentos. Para evitar vazamentos, houve ordem até mesmo para o desligamento das câmeras do circuito interno.
Marconny deveria prestar depoimento à CPI nesta manhã. Sem explicações, porém, o lobista não compareceu. Diante da ausência, a Advocacia do Senado requisitou que o Supremo Tribunal Federal autorize a Polícia Legislativa a conduzi-lo à sessão "sob vara" -- ou seja, contra a sua vontade.
O acervo em posse da cúpula do colegiado foi encaminhado ao Senado pelo Ministério Público Federal no Pará, que deflagrou em outubro do ano passado a Operação Hospedeiro para investigar um grupo responsável pelo desvio de recursos públicos do Instituto Evandro Chagas, órgão vinculado ao Ministério da Saúde.
Com a quebra de sigilo de Marconny Albernaz Faria, o MPF paraense identificou a relação do advogado com a Precisa Medicamentos. Segundo indicam os autos, ele traçou uma estratégia para burlar uma licitação para a compra de testes para a detecção do novo coronavírus, tornando vencedora a empresa, que havia ficado em terceiro lugar, com a desqualificação dos dois primeiros colocados no certame.
A CPI teve acesso ao material a partir de um requerimento de compartilhamento de informações proposto por Ciro Nogueira, ex-integrante da comissão e atual ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro.
A reunião secreta foi convocada após o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, sugerir que a comissão peça à Justiça Federal a prisão e a apreensão do passaporte de Marconny em razão da ausência injustificada na oitiva.
Para evitar "acusações de abuso de autoridade", Omar Aziz pediu que o relator, Renan Calheiros, apresentasse algumas das provas obtidas pela CPI que incriminam o lobista. Integrante da tropa de choque do Planalto, Marcos Rogério reclamou da publicização do material sigiloso.
Renan Calheiros chegou a propor a quebra do sigilo dos autos, mas alguns senadores alinhados ao G7 argumentaram que a divulgação poderia render problemas judiciais à comissão. Aziz, então, decidiu discutir o caso a portas fechadas.
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Comentários (2)
PAULO
2021-09-02 18:43:29A verdade é que a CPI feriu este governo de morte. Ao mostrar para o NOSSO BRASIL, que o negacionismo levado ao extremo e causou milhares de morte, tinha por objetivo intenções escusas, ou seja à corrupção, os brasileiros abriram os olhos p/ o que foi feito, e agora querem o fim desse governo, o quanto antes. Os q continuam ao lado do sociopata, é uma minoria truculenta, ávida por causar baderna e conseguir um naco no butim aos cofres do NOSSO BRASIL. Queremos Ordem e Progresso. Moro 2022 🇧🇷
João
2021-09-02 13:19:44Cambada de vagabundos……..