Crusoé
29.06.2025 Fazer Login Assinar
Crusoé
Crusoé
Fazer Login
  • Acervo
  • Edição diária
Edição Semanal
Pesquisar
crusoe

X

  • Olá! Fazer login
Pesquisar
  • Acervo
  • Edição diária
  • Edição Semanal
    • Entrevistas
    • O Caminho do Dinheiro
    • Ilha de Cultura
    • Leitura de Jogo
    • Crônica
    • Colunistas
    • Assine já
      • Princípios editoriais
      • Central de ajuda ao assinante
      • Política de privacidade
      • Termos de uso
      • Política de Cookies
      • Código de conduta
      • Política de compliance
      • Baixe o APP Crusoé
    E siga a Crusoé nas redes
    Facebook Twitter Instagram

    Comprova: Entenda o que é a Selic

    O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central indicou na ata de sua última reunião que pode começar a cortar a taxa básica de juros, a Selic, em agosto, quando acontece o próximo encontro do grupo. Atualmente, ela está em 13,75%, valor considerado alto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, para...

    avatar
    Projeto COMPROVA
    9 minutos de leitura 12.07.2023 08:00 comentários 0
    Reprodução - Projeto Comprova
    • Whastapp
    • Facebook
    • Twitter
    • COMPARTILHAR

    O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central indicou na ata de sua última reunião que pode começar a cortar a taxa básica de juros, a Selic, em agosto, quando acontece o próximo encontro do grupo. Atualmente, ela está em 13,75%, valor considerado alto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, para que seja reduzida, outros fatores na economia precisam ocorrer. Mas o que é a taxa? Para que ela serve? Essas e outras dúvidas são esclarecidas pela seção Comprova Explica.

    Conteúdo analisado: Os juros no Brasil são alvo frequente de desinformação, e muitas dúvidas surgem a respeito da taxa Selic. Post recente no Instagram, por exemplo, usou gráfico com as médias da Selic desde o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) até o de Jair Bolsonaro (PL).

    Comprova Explica: O valor da taxa Selic e os recordes em cada governo, entre outros assuntos envolvendo a taxa básica de juros da economia brasileira, costumam ser alvos frequentes de desinformação. O índice, que atingiu o patamar mais baixo entre agosto de 2020 e março de 2021, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), já sofreu sucessivos aumentos e, atualmente, está em 13,75%.

    O nome Selic vem da sigla Sistema Especial de Liquidação e de Custódia e se refere a uma plataforma do Banco Central em que são comercializados títulos públicos federais, mas há também as expressões Selic Meta e Selic Over. Diante de tantas dúvidas envolvendo o índice que dá sustentação para os juros da economia brasileira, a seção Comprova Explica traz detalhes sobre a taxa para ajudar o leitor a entendê-la e saber seu valor no decorrer de diferentes governos.

    Como verificamos: Consultamos o site do Banco Central e reportagens sobre o tema, além de vídeos publicados em canais do YouTube que tratam de assuntos sobre mercado financeiro.

    Também entrevistamos dois especialistas: Arilda Teixeira, doutora em Economia e coordenadora dos cursos de Gestão Estratégica de Negócios e de Gerenciamento de Projetos, da Pós-Graduação da Fucape Business School, e André Filipe de Moraes Batista, professor da área de Data Science do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper).

    O que é e para que serve a taxa Selic?

    Existem três significados que envolvem o termo Selic:

    • Taxa Selic Meta
    • Taxa Selic Over
    • Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic)

    A Selic Meta é a que interessa à ampla maioria da população, pois é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para controlar a inflação. Sentimos o seu efeito no nosso dia a dia nos empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras, pois eles são calculados tendo ela como ponto de partida.

    Quando o Copom estabelece uma meta alta para a Selic, os empreendimentos que cobram juros, como empréstimo em banco, financiamento de carro ou casa e compras a juros no cartão de crédito, ficam mais custosos. Por outro lado, empreendimentos que recebem juros, como determinadas aplicações financeiras, rendem mais.

    Na prática, com a Selic alta, fica mais caro emprestar dinheiro. O empréstimo mais caro desestimula o consumo e favorece a queda da inflação.

    A Selic Over é a taxa das operações que ocorrem entre instituições financeiras e que utilizam títulos públicos federais como garantia de pagamento. Como explica o Nexo Jornal, os bancos fazem empréstimos de 1 dia útil entre si para não haver furo no caixa. Apesar de o empréstimo ser de curtíssima duração, na hora de devolver o dinheiro são cobrados juros. A taxa média praticada nessas milhares de operações que acontecem todos os dias é chamada de taxa Selic Over.

    “O Copom vai definir a Selic Meta e o mercado, através das negociações, vai definir a Selic Over”, explica Tiago Feitosa em vídeo publicado em seu canal sobre o mercado financeiro. “O Banco Central, a autoridade monetária máxima deste país, vai operar no mercado interbancário para garantir que a Selic Over não fique maior que a Selic Meta.”

    “Operar no mercado” significa dizer que o Banco Central irá comprar ou vender títulos públicos para mexer no valor da taxa Selic. As operações entre instituições financeiras lastreadas com títulos públicos federais são feitas dentro do Sistema Especial de Liquidação e Custódia, conhecido como Selic. Ele é administrado pelo Banco Central.

    Quem define a taxa de juros

    Instituído em junho de 1996, o Copom, órgão do Banco Central, tem como objetivo “estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros”, como explica o Banco Central. É ele quem define a meta da taxa Selic.

    Ela é estabelecida por um grupo formado pelo presidente do Banco Central – cargo atualmente ocupado por Roberto Campos Neto – e oito diretores da instituição. Neste ano, já foram realizadas quatro reuniões do Copom e ainda haverá outras quatro – a próxima será em 1º e 2 de agosto.

    As reuniões dividem-se em duas sessões. Na primeira, é apresentada a conjuntura econômica e, na segunda, define-se a meta da taxa Selic. As deliberações são divulgadas logo após o encontro, mas as atas do Copom só saem às 8h da terça-feira seguinte à reunião.

    Segundo a Agência Lupa, o fator que mais influencia na fixação da Selic é a inflação, mas “geração de empregos, produtividade e atividade econômica” também têm impacto na decisão.

    A taxa vem sendo mantida em 13,75% pela sétima vez seguida, valor considerado alto pelo presidente Lula, que a critica desde janeiro, quando assumiu o governo. Ele já quase chegou a comprar uma briga com o presidente do Banco Central, Roberto Campos, economista indicado por Bolsonaro em 2019 e cujo mandato vai até o final de 2024.

    Perguntado sobre o motivo de a Selic ainda não ter baixado, apesar do cenário atual estar favorável, um dos diretores do Copom, Maurício Moura, explicou, em transmissão ao vivo do Banco Central, que, além dos dados correntes, outros fatores são levados em consideração para a tomada de decisão. “Preciso olhar para duas outras condições: o que vai acontecer com a inflação no futuro, quais são as expectativas, e também tenho que olhar para o balanço de risco, ou seja, o que pode acontecer de bom ou de ruim no caminho entre hoje e o futuro”, afirmou (a declaração na íntegra pode ser assistida a partir dos 24 minutos e 13 segundos da gravação).

    Banco Central independente

    Antiga autarquia do Ministério da Economia, o Banco Central passou a ter autonomia em 2021, após aprovação de mudança seguindo promessa de campanha do então presidente Bolsonaro.

    Como informou a Folha, a regra prevê que o presidente da República indique o presidente do banco no segundo semestre de seu segundo ano de mandato. O novo presidente do BC e diretoria começam a trabalhar no primeiro dia útil do terceiro ano do mandato do chefe do Executivo. Ainda de acordo com o veículo, “para que possam assumir, os nomes precisam ter sido aprovados pelos senadores em votação secreta no plenário da Casa”.

    Uso de médias

    Um dos posts que viralizou nas redes sociais envolvendo a Selic apresenta um gráfico com os valores médios das taxas em cada governo federal desde 1999 até 2022. O índice mais baixo é na gestão Bolsonaro, de 6,3%. A publicação traz as médias corretas, mas leva o leitor ao erro ao sugerir que a taxa sempre foi baixa no governo do ex-presidente.

    “A média não é o instrumento mais adequado para mensurar a complexidade dessa questão”, afirmou ao Comprova André Filipe de Moraes Batista, professor do Insper. Segundo ele, a média, por si só, mostra um comportamento central e é preciso avaliar a dinâmica da economia em cada período de governo. “É mais interessante olhar quanto a taxa estava quando o presidente assumiu e quando saiu.”

    No caso de Bolsonaro, ele iniciou seu governo com a Selic em 6,5% e deixou o cargo com ela em 13,75%. Batista exemplifica por que não é bom usar médias para avaliar os altos e baixos da Selic em diferentes períodos: “Colocar um grupo de 30 pessoas que recebem um salário mínimo junto com Bill Gates em uma sala vai fazer essas pessoas virarem milionárias, em média. Mas isso não significa que em suas particularidades, de fato, elas são”.

    Doutora em Economia, Arilda Teixeira reforça que a média da Selic não deve ser usada para comparar a economia de governos e diz que, durante a gestão bolsonarista, houve a pandemia, que fez com que a Selic diminuísse. “Reduziu-se o consumo, então, é lógico que os preços caíram em uma proporção e intensidade acima do que vinha acontecendo antes”, diz ela, referindo-se ao dilapidamento da atividade econômica.

    Para ajudar o leitor a visualizar a evolução da Selic, o gráfico abaixo mostra a variação da taxa desde 1996 até o início do atual governo Lula (PT):

    BCB - Demab

    Por que explicamos: Como já informado, a Selic é alvo frequente de desinformação e de disputas de narrativas políticas. Entender o que ela é, como ela é definida e outros pontos ajuda o leitor a formar sua opinião com base em informações confiáveis, não em conteúdos duvidosos que circulam nas redes sociais.

    Outras checagens sobre o tema: Conteúdos associando Lula a desinformação são frequentemente checados pelo Comprova, como o vídeo que engana ao “checar” discurso do presidente sobre desigualdade social e aponta erro inexistente sobre Amazônia e outra publicação que mente ao dizer que ele comprou um avião presidencial de 400 milhões.

    Diários

    Erika Hilton: "Não sou uma deputada da maquiagem e da rinoplastia"

    Crusoé Visualizar

    Lira espera clima entre Poderes melhorar para divulgar parecer da isenção do IR

    Guilherme Resck Visualizar

    O STF e os alertas da Frente Parlamentar da Liberdade de Expressão

    Crusoé Visualizar

    EUA emplacam ativista cubana para a CIDH

    Crusoé Visualizar

    Com mediação dos EUA, Congo e Ruanda assinam acordo de paz

    Crusoé Visualizar

    É por isso mesmo que "não gostam" de Lula?

    Crusoé Visualizar

    Mais Lidas

    A mágoa de Bolsonaro com o ex-comandante da FAB

    A mágoa de Bolsonaro com o ex-comandante da FAB

    Visualizar notícia
    Contra a ameaça nuclear

    Contra a ameaça nuclear

    Visualizar notícia
    Desconectados do eleitor

    Desconectados do eleitor

    Visualizar notícia
    E agora, Gleisi?

    E agora, Gleisi?

    Visualizar notícia
    É por isso mesmo que "não gostam" de Lula?

    É por isso mesmo que "não gostam" de Lula?

    Visualizar notícia
    Erika Hilton: "Não sou uma deputada da maquiagem e da rinoplastia"

    Erika Hilton: "Não sou uma deputada da maquiagem e da rinoplastia"

    Visualizar notícia
    EUA emplacam ativista cubana para a CIDH

    EUA emplacam ativista cubana para a CIDH

    Visualizar notícia
    Ex-aliado do chavismo admite conspiração com as FARC e tráfico de cocaína

    Ex-aliado do chavismo admite conspiração com as FARC e tráfico de cocaína

    Visualizar notícia
    Lula contra Lula

    Lula contra Lula

    Visualizar notícia
    Marcão Civil da Internet

    Marcão Civil da Internet

    Visualizar notícia

    Tags relacionadas

    Comprova

    Projeto Comprova

    Selic

    taxa Selic

    < Notícia Anterior

    Após atendimento, deficiente físico é abandonado em porta de hospital no RJ

    11.07.2023 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar
    Próxima notícia >

    O vacilo do ex-capitão de submarino russo que lhe custou a vida

    12.07.2023 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar
    author

    Projeto COMPROVA

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (0)

    Torne-se um assinante para comentar

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (0)


    Notícias relacionadas

    Erika Hilton: "Não sou uma deputada da maquiagem e da rinoplastia"

    Erika Hilton: "Não sou uma deputada da maquiagem e da rinoplastia"

    Crusoé
    28.06.2025 12:36 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Lira espera clima entre Poderes melhorar para divulgar parecer da isenção do IR

    Lira espera clima entre Poderes melhorar para divulgar parecer da isenção do IR

    Guilherme Resck
    28.06.2025 11:00 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    O STF e os alertas da Frente Parlamentar da Liberdade de Expressão

    O STF e os alertas da Frente Parlamentar da Liberdade de Expressão

    Crusoé
    28.06.2025 10:26 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    EUA emplacam ativista cubana para a CIDH

    EUA emplacam ativista cubana para a CIDH

    Crusoé
    27.06.2025 20:36 4 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Crusoé
    o antagonista
    Facebook Twitter Instagram

    Acervo Edição diária Edição Semanal

    Redação SP

    Av Paulista, 777 4º andar cj 41
    Bela Vista, São Paulo-SP
    CEP: 01311-914

    Redação Brasília

    SAFS Quadra 02, Bloco 1,
    Ed. Alvoran Asa Sul. — Brasília (DF).
    CEP 70070-600

    Acervo Edição diária

    Edição Semanal

    Facebook Twitter Instagram

    Assine nossa newsletter

    Inscreva-se e receba o conteúdo de Crusoé em primeira mão

    Crusoé, 2025,
    Todos os direitos reservados
    Com inteligência e tecnologia:
    Object1ve - Marketing Solution
    Princípios Editoriais Assine Política de privacidade Termos de uso