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Como será a reação iraniana

02.04.24 14:48

O general iraniano Mohamad Zahedi, membro da Guarda Revolucionária do Irã, foi morto em um bombardeio nesta segunda, 1, quando estava em um prédio do consulado iraniano em Damasco, na Síria (foto). Zahedi estava se reunindo com membros do grupo terrorista Jihad Islâmica, que atua na Faixa de Gaza e é aliado do Hamas.

O caso é grave porque Zahedi tinha um alto cargo na hierarquia iraniana. Ele era o chefe da Força Quds, uma tropa de elite da Guarda Revolucionária. Além disso, ele foi morto em um espaço diplomático, que deveria estar protegido por estar sob soberania iraniana. Zahedi era quem fazia a ponte entre o Irã, o grupo terrorista Hezbollah e a ditadura de Bashar Assad.

O governo israelense não assumiu a autoria do assassinato, mas a teocracia iraniana prontamente acusou o governo de Benjamin Netanyahu e prometeu uma vingança.

A especulação sobre como será a reação iraniana precisa levar em conta alguns pontos importantes.

Em primeiro lugar, Israel e Irã já estão em uma guerra indireta, ou “por procuração“.

Não faz sentido pensar em como o Irã atacaria Israel, porque os iranianos já estão fazendo isso por meio de seus tentáculos na região: o Hamas na Palestina, o Hezbollah no Líbano e os Houthis no Iêmen.

O ataque a Zahedi, portanto, não pode ser considerado como um primeiro ato, o qual poderia suscitar uma vingança, mas como um desdobramento em uma guerra que teve início em outubro do ano passado, ou que começou muito antes.

Nos últimos dez anos, Israel já atacou centenas de alvos iranianos na Síria e no Líbano.

Só neste ano, foram mais de trinta ataques na Síria, em que os alvos frequentemente foram instalações da Guarda Revolucionária Iraniana.

A maneira como o Irã poderia retaliar, indo além dos conflitos que já estão em andamento, seria principalmente por meio do terrorismo.

Para atingir alvos na região e no resto do mundo, o Irã costumeiramente usa o libanês Hezbollah.

Ataques terroristas contra aliados de Israel, como os americanos, ou comunidades judaicas podem ocorrer em diversos países, como Síria, Líbano, Iêmen ou em nações ocidentais.

Foi o Hezbollah, aliás, que realizou os atentados na Embaixada Israelense em Buenos Aires, em 1992, e na Associação Mutual Israelita Argentina, Amia, em 1994.

O Irã, contudo, evitará um confronto direto com os Estados Unidos ou com Israel, como já tem feito até agora.

Isso porque os aiatolás sabem que, caso a guerra avance para o próximo nível, o Irã seria derrotado, o que colocaria a teocracia em perigo e poderia resultar em uma mudança de regime. É isso o que os aiatolás mais temem.

 

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  1. Ora, facílimo de saber e óbviamente dedutível: explodirão um monte de civis em alguma(s) parte(s) do planeta, ""alí em nome de alá""", ora. E depois ajoelharão com o traseiro ridiculamente virado e empinado pra cima pra ""oferecer"" os ""mártires"" ao ""dito cujo"".

    1. Tolerância com terroristas tem que ser 0!!! Vai pra cima Israel!!!

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