Como a CPI pretende avançar na investigação sobre hospitais federais do Rio
O depoimento do governador cassado do Rio Wilson Witzel abriu um novo flanco de investigação na CPI da Covid: a gestão de hospitais federais localizados no estado. A apuração deve se dividir em pelo menos três eixos. Passará pela deficiência de leitos destinados ao atendimento de pacientes infectados pelo coronavírus, por eventuais irregularidades em contratos e pela...
O depoimento do governador cassado do Rio Wilson Witzel abriu um novo flanco de investigação na CPI da Covid: a gestão de hospitais federais localizados no estado. A apuração deve se dividir em pelo menos três eixos. Passará pela deficiência de leitos destinados ao atendimento de pacientes infectados pelo coronavírus, por eventuais irregularidades em contratos e pela suposta ação de milícias nas unidades de saúde.
Na última semana, o senador Humberto Costa (foto), do PT de Pernambuco, protocolou requerimentos de informações endereçados aos seis hospitais federais fluminenses. Os pedidos devem ser aprovados pela CPI nos próximos dias.
Nos documentos, o petista questiona quantos leitos de internação e de UTI voltados a pacientes diagnosticados com Covid-19 funcionaram de 1º de janeiro de 2020 até hoje e quantos mais poderiam ter sido habilitados. Além disso, indaga por que os hospitais não abriram novos espaços para o tratamento de pessoas infectadas pelo novo coronavírus e se o Ministério da Saúde agiu para ampliar as habilitações.
Humberto Costa apresentou os requerimentos após Witzel alegar na quarta-feira, 16, que teve os pedidos de ampliação do número de leitos ignorados pelo governo Jair Bolsonaro durante a pandemia. “Eu, no início de 2019, pedi a administração dos hospitais, obviamente com os recursos. Acredito que são mais de 3 bilhões de reais. Para esses hospitais, dá e sobra para abrir os leitos. E, em 2019, nós já teríamos esses leitos abertos. Não fui atendido, e, durante a pandemia, também não fomos atendidos, com o objetivo exatamente de asfixiar a gestão da pandemia”, declarou.
“As justificativas foram as mais estapafúrdias: que os leitos estão sucateados, que os leitos não estão em condições de serem operados. Sim, mas, entre construir um hospital de campanha, o que é uma grande dificuldade e um grande problema, e reformar rapidamente leitos, a medida que seria salutar seria reformar os leitos”, emendou.
A CPI ainda vai pedir a relação de todos os contratos firmados desde 2017 entre os hospitais e empresas "fornecedoras de serviços assistenciais, de apoio diagnóstico e terapêutico, reforma e manutenção predial e de equipamento, limpeza, lavanderia e alimentação, vigilância, insumos e de mão de obra". O pedido baseia-se nos relatos de que houve corrupção durante a celebração dos contratos.
Outros caminhos para as apurações devem ser apresentados por Witzel em uma “reunião secreta” com a CPI. O requerimento para a realização dessa sessão sigilosa também tende a ser aprovado na próxima semana. No depoimento de quarta-feira, o governador cassado afirmou que os hospitais "têm um dono”. Depois, em privado, disse a congressistas que se referia a Flávio Bolsonaro, que, segundo ele, interfere nos contratos das unidades de saúde e nas nomeações de dirigentes.
Os senadores querem saber se Witzel tem indícios ou provas concretas das denúncias para, então, propor novas convocações e quebras de sigilo telefônico, telemático, bancário e fiscal.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (5)
SIMONE
2021-06-22 08:33:30Senadores, investiguem sim os hospitais federais aqui do Rio. Há várias reportagens dos jornais locais do Rio falando sobre isso. Hospitais que fecharam leitos e emergências sem explicação.
Jose
2021-06-21 00:02:36Faltou o Witzel abrir o jogo sobre a aliança do Bozo com os chefes da milícia. Ele sabe de tudo. O resultado será um estrondo no Bozismo. Aguardem!
ardo
2021-06-20 16:34:27Kkkkkkkkkkkk. Só comentário de imbecil!
Humberto
2021-06-20 15:46:01Agora vai aparecer de onde vem o lucro dos imóveis , vários casamentos só para ter muitos cpf das mulheres e parentes, os filhos nascidos já corria no cartório pra fazer cpf dos milicianinhos, até os novos maridos tem imóveis e cpf emprestado, tudo quadrilheiro , vagabundagem, pior que trouxe toda corrupção de volta e junto no pacote a turma do lulaladrao !!! É mole!!!!
QUEM É JOHN GALT?
2021-06-20 15:36:09Cada vez fica mais cristalino, que Bolsonaro não é apenas um genocida, é também um corrupto. O que Witzel aponta é algo lógico. Em vez de construir hospitais de campanha, é muito mais racional reformar um aparelho do Estado que já existe. FB parece que evoluiu nas suas maracutaias. De loja de chocolates para hospitais com 3 bilhões de orçamento.