Comissão pede para transferir ossadas de Perus para Brasília
A Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos oficializou o pedido para transferir as 1.049 caixas de ossadas da chamada Vala de Perus de São Paulo para Brasília. A ideia, como Crusoé antecipou em 11 de novembro, é levar o material de um laboratório na Universidade Federal de São Paulo para o Instituto de Pesquisa de DNA Forense da...
A Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos oficializou o pedido para transferir as 1.049 caixas de ossadas da chamada Vala de Perus de São Paulo para Brasília. A ideia, como Crusoé antecipou em 11 de novembro, é levar o material de um laboratório na Universidade Federal de São Paulo para o Instituto de Pesquisa de DNA Forense da Polícia Civil do Distrito Federal.
De acordo com a comissão, o objetivo é "agilizar o trabalho de identificação" dos corpos e reduzir os custos. O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, ao qual o colegiado é vinculado, gasta 391 mil reais por ano para manter as ossadas. Segundo o presidente da comissão, Marco Vinícius de Carvalho (foto), na Polícia Civil do DF não haverá custo.
A vala foi descoberta em 1990 no Cemitério de Perus, na zona norte de São Paulo. De acordo com registros históricos, agentes da repressão deixavam no local corpos de vítimas da ditadura militar. Acredita-se que também tenha servido como depósito de restos mortais de vítimas de grupos de extermínio.
O pedido de transferência das ossadas de São Paulo para Brasília foi feito durante audiência na segunda-feira, 18, no Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Participaram do encontro representantes da comissão, da Advocacia-Geral da União, do Ministério da Educação, do governo estadual de São Paulo e da prefeitura da capital paulista.
Os ministérios se comprometeram a apresentar, em uma audiência no dia 9 de dezembro, um relatório com os custos da transferência e eventuais investimentos que a União pretende fazer para adequar o espaço em Brasília para receber as ossadas. Também prometeram levar um cronograma ou plano de trabalho para a conclusão da identificação das ossadas.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (2)
FRANCISCO
2019-11-23 13:20:25Isto é mais um absurdo.
Paulo Renato
2019-11-22 18:20:20Eu pergunto: Os pracinhas que morreram em ação na Itália durante a 2ª guerra mundial, alguns, não identificados, foram enterrados coletivamente no túmulo do Soldado Desconhecido, corrijam-me se estou errado. Por que então essa tarefa de identificação de terroristas comunistas que tombaram em combate com as forças federais tem que ter essa regalia que os pracinhas não tiveram? Enterrem logo todas essas ossadas desses canalhas, coletivamente e ponto final!