Com situação 'estável', governo reduzirá contingente em praias atingidas por manchas de óleo
Com menor incidência do aparecimento de manchas e fragmentos de óleo ao longo da costa brasileira, o governo vai diminuir o contingente de militares e técnicos nas praias atingidas. Coordenador operacional do grupo, o almirante Marcelo Francisco Campos, da Marinha, disse que há 20 dias não são encontradas manchas de óleo bruto no mar. O...
Com menor incidência do aparecimento de manchas e fragmentos de óleo ao longo da costa brasileira, o governo vai diminuir o contingente de militares e técnicos nas praias atingidas. Coordenador operacional do grupo, o almirante Marcelo Francisco Campos, da Marinha, disse que há 20 dias não são encontradas manchas de óleo bruto no mar.
O Ibama, no entanto, informou que o número de localidades atingidas não para de aumentar. Relatório divulgado nesta sexta-feira, 29 (foto), informa que vestígios do óleo já foram encontrados em 803 pontos do litoral.
“Vivemos um momento de estabilidade. O que chega às praias, hoje, é residual. E as localidades atingidas são prontamente limpas”, disse o almirante, acrescentando que pesquisadores que participam dos grupos de trabalho e dão suporte às ações estão avaliando os reais impactos ao meio ambiente. Segundo o militar, o contínuo aumento do número de localidades atingidas se deve à fragmentação do óleo e a sua dispersão no mar.
“O que está tocando as praias, hoje, é praticamente vestígio. O que nos leva a afirmar que estamos vivendo um período de estabilização. Não descartamos a hipótese de que, com a ação das marés, algumas manchas do óleo que pode estar depositado em bolsões (submersos) aflorem e cheguem às praias”, disse o almirante, citando o caso do Rio Persinunga, na divisa dos estados de Pernambuco e Alagoas. “Ele tinha sido dado como limpo. Quando mergulhamos, verificamos que havia cerca de duas toneladas de óleo no leito do rio”, relatou.
De acordo com o almirante, no inquérito administrativo que conduz, a Marinha já descartou a hipótese de ter ocorrido uma exsudação, ou seja, que o óleo tenha saído de uma rachadura no solo oceânico. Além disso, a probabilidade de o produto ter vazado de um navio naufragado é baixa.
Na fase atual, prevista para ser encerrada em 20 de dezembro, mais de 10 mil militares da Marinha, Exército e Aeronáutica, além de 5 mil servidores e funcionários de vários órgãos federais e da Petrobras foram empregados nas ações de remediação e mitigação dos vestígios do óleo, incluindo as limpezas dos habitats atingidos, patrulhas navais e destinação de parte dos cerca de 4,7 mil toneladas de resíduos recolhidos desde 2 de setembro. Estão sendo usados na operação 37 navios e 22 aeronaves.
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Comentários (3)
Astor
2019-11-30 12:54:23Gostaria ler uma matéria sobre os últimos fatos trazidos à tona sobre as queimadas
Alziro
2019-11-30 10:58:11A origem te que ser descoberta. Não é possível deixar passar....
Lourival
2019-11-30 10:53:42Crusoé, vcs têm adquirido credibilidade pela qualidade das reportagens e lhes sugiro uma matéria desapaixonada sobre a Amazônia, relatando o que é necessário para desmascarar a imprensa de aluguel. Busquem em diversas fontes entender o seguinte: dos 20% permitidos para desmate em propriedades rurais, quanto efetivamente já foi utilizado e desnudar a atuação de ONGs, tanto as de bandidos travestidos de ativistas, quantos as honestas que merecem respeito.