Com nova baixa, força-tarefa da Greenfield fica sem procuradores exclusivos
O procurador Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, principal nome à frente da Operação Greenfield, vai deixar a força-tarefa. Único procurador com dedicação exclusiva às investigações, ele oficializou a decisão nesta sexta-feira, 4. Em carta divulgada para explicar sua saída, Anselmo alega motivos pessoais, mas também aponta a falta de estrutura da força-tarefa, graças a uma decisão...
O procurador Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, principal nome à frente da Operação Greenfield, vai deixar a força-tarefa. Único procurador com dedicação exclusiva às investigações, ele oficializou a decisão nesta sexta-feira, 4. Em carta divulgada para explicar sua saída, Anselmo alega motivos pessoais, mas também aponta a falta de estrutura da força-tarefa, graças a uma decisão da Procuradoria-Geral da República.
A PGR não prorrogou a cessão de dois procuradores e, com isso, Anselmo ficou como único membro exclusivo da Greenfield. “Por maior que seja o espírito público e a vontade de lutar pela Justiça, permanecer como único membro de dedicação exclusiva à força-tarefa pareceu-me inaceitável”, argumentou Anselmo, em carta aberta divulgada nesta sexta.
A Operação Greenfield começou em setembro de 2016 e apurou diversos casos envolvendo fraudes em fundos de pensão e bancos públicos. Um dos alvos da força-tarefa é o ministro da Economia, Paulo Guedes. No mês passado, ele obteve uma decisão do Tribunal Regional Federal que paralisou as apurações.
Segundo Anselmo, assim que os primeiros casos começaram a ser investigados, o grupo concluiu que seriam necessários 15 procuradores exclusivos para conseguir analisar todo o material. A força-tarefa, entretanto, nunca teve mais do que cinco procuradores dedicados exclusivamente ao tema.
A Greenfield já gerou 48 ações penais e 27 processos por improbidade. Além dos crimes financeiros relacionados a fraudes em fundos de pensão, o grupo atuou ainda em operações de grande repercussão no mundo político, como Sépsis, Circus Maximus, Conclave, Tesouro Perdido, Patmos e Cui Bono – esta última levou o ex-ministro Geddel Vieira Lima à cadeia. Segundo a força-tarefa, o grupo atuou em acordos de leniência envolvendo o pagamento de quase 12 bilhões de reais.
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Comentários (7)
Solange
2020-09-05 10:47:04Fez bem em sair: a máfia está no vértice, não há como vencê-la
Maria
2020-09-05 07:47:24O Aras, capacho do traidor Bolsonaro, está seguindo à risca as ordens do chefe. Brasileiro adora eleger e reeleger bandido, veja Lula e agora Bolsonaro. PQP.
Ayrton
2020-09-04 20:48:18É uma pena que nosso Brasil quanto parecia que estava eliminando alguns corruptos de colarinho branco, voltou à estaca zero, por ter uma chefia comprometida com a falsa verdade, mas não podemos desistir de lutar.
Sidney
2020-09-04 20:19:53Bolsonaro, seu traidor desgraçado!
EDVALDO
2020-09-04 16:50:48Bolsonaro esta acabando com o combate a corrupção. Agora ele esta a usar a maquina publica contra seus inimigos e a favor do centrao, seus filhos e seus amigos
Odete6
2020-09-04 11:38:14Sabe AQUELE RECUO DO MAR PRÉ-TSUNAMI???.... Os marginais que aguardem!!!!
Aguia
2020-09-04 10:51:52Trai a nação e será traído pelo Capitão