Com Alcolumbre, ministros do STF podem ficar tranquilos
Presidente do Senado afirmou que processo de impeachment de ministro da Corte causaria "problema para 200 milhões de brasileiros"
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Os ministros do Supremo Tribunal Federal, STF, terão dois anos de tranquilidade, seguros de que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (foto), não pedirá o impeachment de nenhum deles.
Em uma entrevista ao programa PodK Liberados, da Rede TV!, na quinta, 27, Alcolumbre deixou claro que a possibilidade está descartada.
"O Senado Federal não é órgão de correição do Supremo Tribunal Federal. A Constituição determina um único procedimento: impeachmet de ministro do Supremo. Tá errado isso. Temos de fazer uma nova legislação em relação ao processo de impeachment. Essa lei é da ditadura, de 1950", disse Alcolumbre.
"Então, o que nós temos de fazer? Buscar com que cada poder possa conviver dentro das suas atribuições, um respeitando o outro, sem avançar a linha da autonomia e da autoridade de cada poder, porque um processo de impeachment de ministro do Supremo Tribunal Federal em um país dividido vai causar problema para 200 milhões de brasileiros. Não é a solução", afirmou o senador.
Apoio de Bolsonaro
Alcolumbre foi eleito presidente do Senado no início de fevereiro com 73 dos 81 votos possíveis.
Foi apoiado por petistas e por bolsonaristas.
Jair Bolsonaro, do PL, apoiou Alcolumbre e criticou a candidatura independente do senador Marcos Pontes, do seu próprio partido, à Presidência do Senado.
No início do ano, Marcos Pontes chegou a falar em desengavetar pedidos de impeachment de ministros do STF.
Operação Overclean
Alcolumbre não quer pressionar o STF porque há investigações da Polícia Federal em andamento, sob a supervisão do STF, que podem implicá-lo.
Uma delas é a Operação Overclean, que investiga desvio de recursos no Amapá, o estado de Alcolumbre.
Entre os envolvidos estão muitos políticos do União Brasil, o partido do senador.
No final do ano passado, especulava-se que a chefe de gabinete de Alcolumbre, Ana Paula Magalhães, seria ouvida pela Polícia Federal para apurar o desvio de emendas.
Ela estava entre as pessoas listadas para depor na Operação Overclean.
O mandato de Davi Alcolumbre é de dois anos e termina no início de 2027, quando haverá uma nova legislatura no Congresso.
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