Chefe das Forças de Defesa de Israel renuncia por falhas no 7 de outubro
Saídas de Herzi Halevi e de chefe do Comando Sul, Yaron Finkelman, representam um aceno de Netanyahu à base de coalizão
O chefe do Estado-Maior do Exército israelense, tenente-general Herzi Halevi, renunciou ao posto mais importante das Forças de Defesa de Israel (FDI) nesta terça, 21.
Junto dele, o chefe do Comando Sul, general Yaron Finkelman, também pediu demissão.
As saídas representam um aceno do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, à coalizão de partidos que sustentam o seu governo, após o acordo de cessar-fogo firmado entre Israel e o Hamas.
Na sua carta de demissão, o tenente-general Halevi assume "falhas na missão de defender o Estado de Israel" antes, durante e depois o ataque terrorista promovido pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 no sul do país.
"Na manhã de 7 de outubro, sob meu comando, a IDF falhou em sua missão de proteger os cidadãos de Israel. Minha responsabilidade por essa falha terrível permanece comigo todos os dias, todas as horas, e permanecerá comigo pelo resto da minha vida.
Reconhecer minha responsabilidade pelo fracasso das IDF em 7 de outubro, e em um momento em que as IDF registraram conquistas significativas e estão no processo de implementação de um acordo para libertar reféns", diz trecho do comunicado enviado ao ministro da Defesa, Israel Katz.
Halevi afirmou que concluirá as investigações das FDI sobre o ataque ocorrido no último ano até 6 de março, quando deixará o posto.
Esta foi a primeira vez que um chefe de gabinete da Forças de Israel renuncia antes de completar o mandato de três anos.
Antes dele, o tenente-general Dan Halutz pediu demissão durante a Segunda Guerra do Líbano, em 2007.
Pressão
O ataque do Hamas, que tirou a vida de 1.200 pessoas e sequestrou 251 reféns, tornou-se uma marca negativa ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
A maioria dos membros do seu governo se recusam a assumir a responsabilidade pelas falhas estratégicas no sistema de defesa.
Para a oposição israelense, todos os chefes de postos estratégicos, incluindo Netanyahu, deveriam entregar os cargos.
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