Celso de Mello prorroga inquérito sobre interferência de Bolsonaro na PF
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta segunda-feira, 8, a prorrogação por 30 dias do processo que investiga a interferência do presidente Jair Bolsonaro (foto) na Polícia Federal. O pedido de extensão do prazo partiu da delegada Christiane Correa Machado, que preside o inquérito. O procurador-geral da República, Augusto Aras, deu...
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta segunda-feira, 8, a prorrogação por 30 dias do processo que investiga a interferência do presidente Jair Bolsonaro (foto) na Polícia Federal.
O pedido de extensão do prazo partiu da delegada Christiane Correa Machado, que preside o inquérito. O procurador-geral da República, Augusto Aras, deu parecer favorável à medida. No despacho, o decano da Suprema Corte alegou que foram apresentadas “fundamentadas razões” para a continuação das investigações.
O inquérito foi aberto com base em declarações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro. O ex-integrante do governo afirmou que Bolsonaro queria colocar na diretoria-geral da PF uma pessoa de confiança, com quem pudesse obter informações e relatórios de inteligência.
Além disso, de acordo com Moro, o presidente também o pressionou por mudanças no comando das superintendências do Rio de Janeiro e de Pernambuco. Como elemento de prova, ele aponta a reunião ministerial de 22 de abril, que consta nos autos do processo.
Nos próximos 30 dias, a PF quer ouvir Bolsonaro sobre as acusações. Além disso, a equipe responsável pela investigação também cobrou provas do Gabinete de Segurança Institucional, chefiado pelo general Augusto Heleno, de que Bolsonaro estaria insatisfeito com sua segurança pessoal no Rio e, não, com a superintendência fluminense, como argumenta a defesa do chefe do Planalto.
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