20.09.2024 Assinar

Protestos na França afetam de maneira diferente Macron e Le Pen

A convulsão social em Paris, decorrente da morte do jovem Nahel, de 17 anos, baleado por um policial na terça, 27 de junho, deve prejudicar Emmanuel Macron, apesar da postura conciliadora, e favorecer aqueles que tenderam para o lado da polícia, como a direitista Marine Le Pen. Em sua primeira declaração sobre o caso, o...

avatar
Caio Mattos
3 minutos de leitura 30.06.2023 17:19 comentários 0
Wikimedia Commons

A convulsão social em Paris, decorrente da morte do jovem Nahel, de 17 anos, baleado por um policial na terça, 27 de junho, deve prejudicar Emmanuel Macron, apesar da postura conciliadora, e favorecer aqueles que tenderam para o lado da polícia, como a direitista Marine Le Pen.

Em sua primeira declaração sobre o caso, o presidente condenou a violência policial . "É inexplicável, inaceitável. É preciso calma para que a justiça se faça. Nada justifica a morte de um jovem", disse Macron.

Ele tem resistido a decretar estado de emergência, o que limitaria o direito de ir-e-vir, apesar de a medida contar com o apoio de 69% dos franceses, segundo levantamento do Ifop para o jornal Le Figaro.

Em contrapartida, ele proibiu a realização de protestos na noite desta sexta, 30, e acionou 45.000 policiais para garantir a segurança na capital e em outras grandes cidades, também palco de manifestações e vandalismo.

Com a tentativa de apaziguar os ânimos sem tomar partido, Macron ameniza o impacto inevitável sobre sua imagem — violência policial é um tema que, por motivos óbvios e justos, sempre recai na conta da situação.

De fato, segundo o Figaro, apenas 33% dos franceses estão "totalmente satisfeitos" com a sua postura no caso. Mas, ele é o terceiro político melhor avaliado.

Macron estava em ascensão desde maio. Segundo pesquisa BVA para a rádio RTL, o presidente ganhara naquele mês seis pontos percentuais de aprovação, chegando a 32%.

A popularidade ainda baixa ascende após exacerbada série de agendas oficiais para superar a crise para a aprovação da reforma da previdência no início do ano.

No levantamento do Figaro sobre a popularidade dos políticos no caso Nahel, Macron está apenas atrás de Le Pen e do ministro do Interior, Gérald Darmanin.

Le Pen tem 39% de apoio no caso Nahel e Darmanin, 34%.

Ambos são historicamente associados à pauta de segurança pública e adotaram postura de defesa da polícia, que conta com a confiança ou simpatia de quase 60% dos franceses.

Darmanin afirmou na quinta, 29, que "saudava" as forças de segurança e bombeiros por terem sido "valorosas e corajosas" em meio às manifestações.

Já Le Pen reclamou das críticas de Macron, que seriam "excessivas" e "irresponsáveis" à polícia e afirmou que era a favor da "presunção de legítima defesa por parte dos policiais".

Do outro lado do espectro, o esquerdista Jean Luc Mélenchon, que adotou a postura mais dura com a polícia, é um dos piores avaliados. Apenas 20% estão satisfeitos com a sua postura no caso.

Diários

Kamala gasta 20 vezes mais que Trump em publicidade em plataformas da Meta

Redação Crusoé Visualizar

Europa anuncia empréstimo no valor de 211 bilhões de reais à Ucrânia

Redação Crusoé Visualizar

O alerta que levou Edmundo González ao exílio

Redação Crusoé Visualizar

Funcionários do IBGE convocam ato contra Marcio Pochmann

Redação Crusoé Visualizar

Cabeças rolam no Hezbollah, assim como no Hamas

Duda Teixeira Visualizar

Mesmo sem direito a tempo na TV, Marçal aparece mais do que Tabata e Datena

Crusoé Visualizar

Mais Lidas

Com inteligência, Israel humilha Irã e Hezbollah

Com inteligência, Israel humilha Irã e Hezbollah

Visualizar notícia
Queimadas ‘do amor’

Queimadas ‘do amor’

Visualizar notícia
Falta muito pouco para o fim militar do Hamas

Falta muito pouco para o fim militar do Hamas

Visualizar notícia
González Urrutia diz que foi coagido a assinar documento

González Urrutia diz que foi coagido a assinar documento

Visualizar notícia
O eleitor tem limite

O eleitor tem limite

Visualizar notícia
Funcionários do IBGE convocam ato contra Marcio Pochmann

Funcionários do IBGE convocam ato contra Marcio Pochmann

Visualizar notícia
Mensagens explosivas

Mensagens explosivas

Visualizar notícia
O judicialismo como rebaixamento da política 

O judicialismo como rebaixamento da política 

Visualizar notícia
As cadeiras não têm nada de metafísicas

As cadeiras não têm nada de metafísicas

Visualizar notícia
Eleições nos EUA: Kamala lidera, segundo sondagem de instituto brasileiro

Eleições nos EUA: Kamala lidera, segundo sondagem de instituto brasileiro

Visualizar notícia

Tags relacionadas

Crise

Emmanuel Macron

França

protestos

< Notícia Anterior

Comissão revê teses sobre anistia a militares dos anos Bolsonaro

30.06.2023 00:00 | 4 minutos de leitura
Próxima notícia >

No Chile, Allende é menos popular que Pinochet

01.07.2023 00:00 | 4 minutos de leitura
author

Caio Mattos

Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

Comentários (0)

Torne-se um assinante para comentar

Notícias relacionadas

Kamala gasta 20 vezes mais que Trump em publicidade em plataformas da Meta

Kamala gasta 20 vezes mais que Trump em publicidade em plataformas da Meta

Redação Crusoé
20.09.2024 16:00 2 minutos de leitura
Visualizar notícia
Europa anuncia empréstimo no valor de 211 bilhões de reais à Ucrânia

Europa anuncia empréstimo no valor de 211 bilhões de reais à Ucrânia

Redação Crusoé
20.09.2024 15:27 4 minutos de leitura
Visualizar notícia
O alerta que levou Edmundo González ao exílio

O alerta que levou Edmundo González ao exílio

Redação Crusoé
20.09.2024 15:12 4 minutos de leitura
Visualizar notícia
Funcionários do IBGE convocam ato contra Marcio Pochmann

Funcionários do IBGE convocam ato contra Marcio Pochmann

Redação Crusoé
20.09.2024 13:28 2 minutos de leitura
Visualizar notícia