Caso Master: 83% veem risco de impunidade com sigilo de Toffoli
Levantamento AtlasIntel mostra ampla reprovação ao sigilo máximo imposto pelo ministro do STF na investigação do Banco Master
Pesquisa AtlasIntel mostrou que 83,3% dos brasileiros acreditam que a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF) de decretar sigilo nas investigações sobre o Banco Master "aumenta o risco de impunidade".
Para 4,4%, a medida “diminui o risco”, enquanto 6,5% afirmam que “não muda nada”. Outros 5,8% não souberam responder.
Na decisão, Toffoli alegou que o sigilo máximo buscava “evitar vazamentos que obstaculizem as investigações”.
A pesquisa ouviu 1.659 pessoas, entres os dias 20 de novembro e 2 de dezembro.
A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Carona em jatinho
Dias antes de impor o sigilo máximo, Toffoli aproveitou uma carona para viajar a Lima no jatinho privado do empresário Luiz Oswaldo Pastore.
O ministro foi ao Peru para acompanhar a derrota do Palmeiras na final da Libertadores.
No mesmo voo estavam Pastore e o advogado Augusto Arruda Botelho, ex-secretário nacional de Justiça do governo Lula.
Por coincidência, Arruda Botelho teve um recurso acolhido no processo que agora está sob guarda direta de Toffoli.
Daniel Vorcaro
O levantamento também mediu a opinião dos entrevistados sobre a prisão de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master.
Em 18 de novembro, Vorcaro foi preso no aeroporto de Guarulhos sob suspeita de tentar fugir do país.
Segundo a pesquisa, 94,1% acreditam que ele deve continuar preso até a conclusão das investigações.
Para 2,3%, o banqueiro deveria responder em liberdade; 3,6% não souberam responder.
Tornozeleira eletrônica
Por decisão da desembargadora Solange Salgado, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Vorcaro passou poucos dias preso.
Ele foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica e está proibido de manter qualquer tipo de contato com outros alvos da investigação.
Também não pode se ausentar do município onde reside e de não poder exercer “atividade de natureza econômica/financeira”.
Suspeita de fraudes
Vorcaro é apontado como o principal alvo da apuração que investiga uma suposta organização criminosa.
O grupo seria responsável por ter promovido fraudes financeiras com um prejuízo estimado em pelo menos 10 bilhões de reais.
O foco da investigação está na venda de créditos supostamente falsos realizada pelo Banco Master ao Banco de Brasília (BRB).
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)