Caso Flávio Bolsonaro: deputados querem detalhes sobre sindicâncias da Abin
O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência terá de apresentar novas explicações à Câmara sobre a confecção de relatórios pela Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, para orientar a defesa do senador Flávio Bolsonaro (foto) no caso do "rachid". Em requerimento de informações endereçado ao ministro-chefe do GSI, Augusto Heleno, a quem a Abin está...
O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência terá de apresentar novas explicações à Câmara sobre a confecção de relatórios pela Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, para orientar a defesa do senador Flávio Bolsonaro (foto) no caso do "rachid".
Em requerimento de informações endereçado ao ministro-chefe do GSI, Augusto Heleno, a quem a Abin está subordinada, a bancada da Novo pede detalhes das sindicâncias abertas pela agência de inteligência, que, segundo informou o diretor-geral Alexandre Ramagem, concluíram que o órgão “não teve qualquer ligação com supostos relatórios" e que um servidor confeccionou um documento falso e o repassou à imprensa.
Apesar da versão disseminada pelo chefe da Abin, como mostrou Crusoé em sua edição 138, o próprio Ramagem enviou a Flávio Bolsonaro relatórios clandestinos contendo orientações para anular provas do caso do “rachid” operado no antigo gabinete do filho 01 do presidente da República na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Os documentos foram encaminhados em seguida para as advogadas de Flávio.
Os deputados querem saber a numeração, o objeto e as datas de abertura e de encerramento de cada sindicância. Questionaram também os resultados dos procedimentos e requisitaram cópias de todos dos documentos não sigilosos.
Os parlamentares fizeram ainda indagações a respeito do tal servidor da Abin que, conforme o GSI e a agência, foi afastado de suas funções acusado de produzir um documento falso e repassar à imprensa. Os deputados perguntaram quem é o profissional, qual teria sido o papel dele na divulgação dos relatórios e quais informações foram vazadas.
Como Ramagem ameaçou processar o servidor e jornalistas nas esferas cível e penal, os deputados pediram que o GSI esclareça quais crimes serão imputados aos profissionais e perguntaram se o governo vai adotar as mesmas medidas em relação a Luciana Pires, advogada de Flávio, que confirmou à imprensa ter recebido os relatórios do diretor-geral da Abin.
Como mostrou Crusoé, a sindicância interna aberta pela Abin para apurar supostos vazamentos de dados internos tem, entre seus objetivos, descobrir possíveis contatos entre agentes do órgão e jornalistas.
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Comentários (5)
Sônia
2021-04-21 12:52:16VERGONHOSO 🤮🤮
Edvaldo
2021-04-21 11:04:40O Ramagem tem as rédeas da Abin e da PF. Se duvidar, faz até conferências com o vírus para agradar o chefe. Mero tricô essa investigação.
Mary
2021-04-21 09:52:25Não existe político que preste!!! Quando não é um ladrão que quer voltar à presidência, é um mentiroso/engana eleitor que é atualmente o presidente!!! Pobre Brasil !!!🤡🤡🤡🇧🇷🇧🇷🇧🇷
Waldemar
2021-04-21 09:12:24Lafaiete, calma! Temos que aguardar o dia de todos os Santos. Ainda vai acontecer, em 2022.
Jose
2021-04-20 20:14:00O Brasil somente será uma nação novamente quando os Bolsonaros todos estiverem presos junto com os líderes do PCC e do PT.