Cascavel declara que não presenciou conversas entre Miranda e Pazuello
Amigo pessoal de Eduardo Pazuello (foto) e ex-assessor do Ministério da Saúde Airton Soligo, conhecido como Airton Cascavel, declarou nesta quinta-feira, 5, que não presenciou as conversas entre o deputado federal Luis Miranda, do DEM do DF, e o general em um avião da Força Aérea Brasileira, FAB, em 21 de março. Em depoimento à Polícia...
Amigo pessoal de Eduardo Pazuello (foto) e ex-assessor do Ministério da Saúde Airton Soligo, conhecido como Airton Cascavel, declarou nesta quinta-feira, 5, que não presenciou as conversas entre o deputado federal Luis Miranda, do DEM do DF, e o general em um avião da Força Aérea Brasileira, FAB, em 21 de março.
Em depoimento à Polícia Federal, Miranda afirmou que, nesta viagem, Pazuello lhe relatou ter sofrido pressão exercida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, para liberar recursos da pasta. Além disso, o deputado alegou ter alertado o então ministro da Saúde de que, na véspera, havia feito uma denúncia a Jair Bolsonaro e sugerido que o general buscasse o presidente da República para se inteirar do assunto. À época, Miranda referia-se ao escândalo Covaxin.
Na CPI da Covid, apontado pelas investigações como "ministro de fato" durante a gestão Pazuello, Cascavel esclareceu que não esteve presente no voo de ida de Brasília para São Paulo, pois, na ocasião, encontrava-se em Manaus. O ex-assessor participou apenas do voo de volta da cidade paulista para a capital federal.
"Se esse diálogo ocorreu na ida, eu não estava no voo. Se ele ocorreu na volta... Até vi uma foto sobre esse voo, ele falando que eu estava no voo. E eu estava no voo na volta. E, na foto, eu estou no meio do avião. Ele está nas primeiras poltronas. Eu não acompanhei esse diálogo", disse.
Mensagens obtidas por meio da quebra de sigilo indicam que foi Cascavel quem planejou os voos. Uma delas mostra que Pazuello orientou um interlocutor, identificado pelo vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, como o deputado Luis Miranda a procurar o ex-assessor do ministério para conseguir uma vaga no avião. "Meu amigo, precisa ver se tem vaga, o avião solicitado eh pequeno! Bate no Cascavel!!! [sic]", dizia o texto.
Cascavel nega ter exercido tal papel. "Quem cuida disso é o cerimonial", pontuou, argumentando que, provavelmente, Pazuello pretendia que Miranda confirmasse se, com a ausência dele no voo de ida, haveria vaga no avião.
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Comentários (1)
Jose
2021-08-05 19:25:47Basta dar um pouco de corda que o Cascavel picará o seu dono e ainda balançará o chocalho no rabinho. Balança o chocalho, Cascavel!