Caso Covaxin: PGR pede ao STF abertura de inquérito para investigar Bolsonaro
A Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito para investigar o presidente Jair Bolsonaro (foto) pela suposta prática do crime de prevaricação. A manifestação ocorreu no âmbito de uma notícia-crime movida pelos senadores Randolfe Rodrigues, Jorge Kajuru e Fabiano Contarato. Os parlamentares acionaram a corte após, em depoimento à CPI...
A Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito para investigar o presidente Jair Bolsonaro (foto) pela suposta prática do crime de prevaricação.
A manifestação ocorreu no âmbito de uma notícia-crime movida pelos senadores Randolfe Rodrigues, Jorge Kajuru e Fabiano Contarato. Os parlamentares acionaram a corte após, em depoimento à CPI da Covid, o deputado Luis Miranda, do DEM do DF, e o servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, reiterarem que alertaram o presidente Jair Bolsonaro sobre indícios de irregularidades na compra da Covaxin, vacina desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, representado no Brasil pela Precisa Medicamentos. O relato havia sido feito por Miranda, em primeira mão, a O Antagonista.
À comissão, o deputado federal revelou, ainda, que, ao ouvir as denúncias, Bolsonaro afirmou que o esquema seria "coisa" do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros. A conversa aconteceu no Palácio da Alvorada, em 20 de março, e, embora o presidente tenha dito que acionaria a Polícia Federal à época, não existem indícios de que o fez.
O parecer foi remetido ao STF na manhã desta sexta-feira, 2, depois de a ministra negar pedido da PGR para suspender temporariamente a tramitação da notícia-crime até a conclusão dos trabalhos da CPI. Na noite de ontem, Rosa deu um duro recado à cúpula do órgão: "No desenho das atribuições do Ministério Público, não se vislumbra o papel de espectador das ações dos Poderes da República".
A PGR, então, pediu a abertura de inquérito, com prazo inicial de 90 dias para a conclusão das investigações. "A despeito da dúvida acerca da titularidade do dever descrito pelo tipo penal do crime de prevaricação e da ausência de indícios que possam preencher o respectivo elemento subjetivo específico, isto é, a satisfação de interesses ou sentimentos próprios dos apontados autores do fato, cumpre que se esclareça o que foi feito após o referido encontro em termos de adoção de providências", diz a peça assinada pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques.
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Comentários (7)
Márcia
2021-07-02 16:58:33Rosa Weber, finalmente, mostrou que tem sangue nas veias.
Sônia Adonis Fioravanti
2021-07-02 14:47:00Ueh ? ARAS VAI CONTRA O PATRÃO ????
Maria Lucia
2021-07-02 14:26:14Essa PGR ê vergonhosa! Ninguém confia mais! Perderam totalmente a moral que tinham nos tempos da lava jato! Brasil na merda! Até o teto!
Lourdes
2021-07-02 12:34:59Crusoe, que tal seguir a trilha do dinheiro por trás da obsessiva defesa do “kit Covid”, invermectina, cloroquina, azitromicina e tals? Como se vê, nada é por acaso com esses políticos!!
PERICLES
2021-07-02 12:16:16a compra foi efetivada?
Rodrigo
2021-07-02 12:11:37Seria interessante rever os contratos da época do Mandetta também. Muito $$$$ passou por ele.
Leandro da silva terra seca
2021-07-02 11:37:20JB tentou o tempo todo q a CPI apurasse os devidos dos estado e municípios, q certamente aconteceram, mas acabou ficando claro a roubalheira milionária no tempo de Pasuelo. Caiu a história q NO MEU GOVERNO NÃO HÁ CORRUPÇÃO. JB não precisa da CPI pra saber que estado ou município desviou. Ela tem a CGU q tem essa obrigação, mas precisava desviar o foco. Se deu mal. Impeachment já nele, filhos, Pasuelo e td ORCRIM.