Bolsonaro admite que teve acesso a depoimento sigiloso e pediu troca na PF do Rio
O presidente Jair Bolsonaro (foto) admitiu nesta sexta-feira, 24, que pediu diligências e teve acesso a informações de investigações da Polícia Federal. Ele confirmou ainda ter sugerido a troca no comando da corporação em duas das 27 unidades da Federação. "O do Rio, a questão do porteiro, a questão do meu filho 04, Renan, que agora...
O presidente Jair Bolsonaro (foto) admitiu nesta sexta-feira, 24, que pediu diligências e teve acesso a informações de investigações da Polícia Federal. Ele confirmou ainda ter sugerido a troca no comando da corporação em duas das 27 unidades da Federação. "O do Rio, a questão do porteiro, a questão do meu filho 04, Renan, que agora tem 20, 21 anos de idade", afirmou. O caso tem ligação com a apuração sobre o assassinato de Marielle Franco.
Em pronunciamento no Palácio do Planalto, Bolsonaro relatou ter requisitado o interrogatório do sargento reformado, Ronnie Lessa, após ser ventilado que uma das filhas dele teria namorado seu filho 04, Jair Renan. O militar é um dos acusados de matar a vereadora.
“Eu comecei a correr atrás. Primeiro chamei meu filho. Pedi: ‘abre o jogo’. ‘Pai, sai com metade do condomínio. Não lembro quem é essa menina. Se é que estive com ela’. Hoje a vida é assim. A intenção de dizer que meu filho namorava a filha do ex-sargento é afirmar que tínhamos uma relação familiar”, disse.
Bolsonaro, então, acrescentou que recorreu à PF, “quase que como um por favor”. “Foram lá, a PF fez seu trabalho, e está comigo a cópia do interrogatório, onde ele diz simplesmente o seguinte: 'a minha filha nunca namorou o filho do presidente Jair Bolsonaro, porque minha filha sempre morou nos Estados Unidos. Mas eu é que tenho que correr atrás disso ou é um ministro, uma Polícia Federal que tem que se interessar?”, emendou.
No mesmo discurso, contudo, Bolsonaro disse que nunca pediu que a corporação o blindasse, tampouco sua família. “Jamais faria isso. Agora, lamento que aquela pessoa que mais tinha que defender dentro da legalidade não o faz.”
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