Bolsonaro ameaça demitir Weintraub após notícia de veto a nome do Centrão
O presidente Jair Bolsonaro (foto) demonstrou a auxiliares ter ficado bastante irritado com a divulgação de notícias de que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, teria vetado um nome indicado pelo PP para a presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, o FNDE. Como Crusoé já noticiou, o cargo foi oferecido pelo Palácio do...
O presidente Jair Bolsonaro (foto) demonstrou a auxiliares ter ficado bastante irritado com a divulgação de notícias de que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, teria vetado um nome indicado pelo PP para a presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, o FNDE.
Como Crusoé já noticiou, o cargo foi oferecido pelo Palácio do Planalto à sigla na negociação com o Centrão, em troca de apoio ao governo no Congresso. A indicação foi feita pelo presidente do PP, senador Ciro Nogueira, que quer emplacar seu próprio chefe de gabinete, Marcelo da Ponte, no posto.
Após ler as notícias na manhã desta quinta-feira, 7, Bolsonaro acusou o próprio ministro da Educação de ter passado a informação à imprensa para, segundo palavras do presidente, "dar uma de gostoso". E, na frente de assessores palacianos, chegou a ameaçar demitir Weintraub por causa da atitude.
Coube, então, ao irmão do ministro, Arthur Weintraub, assessor especial da Presidência, tentar apagar o incêndio. Arthur negou ao presidente que seu irmão tivesse vazado a informação. Sustentou que a notícia teria sido repassada por generais que queriam queimar o ministro da Educação.
A Crusoé, aliados do ministro também negaram o veto à indicação do PP. Dizem que ele está apenas negociando regras de "governabilidade" no FNDE, antes de efetivar a nomeação do presidente. E ressaltam que ele, inclusive, já liberou a nomeação de três diretores do fundo indicados pelo Centrão.
Segundo assessores presidenciais, Bolsonaro descartou, por ora, demitir o atual titular da Educação. O presidente, porém, chamou o ministro para uma conversa pessoalmente no Planalto nesta sexta-feira, 8. O encontro é o primeiro compromisso da agenda oficial de Bolsonaro.
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