Barros vai à tribuna da Câmara rebater irmãos Miranda e defender governo
Citado pelos irmãos Miranda, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (foto), usou a tribuna da casa nesta quinta-feira, 8, para se defender das acusações de envolvimento no escândalo Covaxin e para eximir a gestão federal de quaisquer suspeitas. O parlamentar declarou querer ser ouvido pela CPI da Covid antes de 18 de julho,...
Citado pelos irmãos Miranda, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (foto), usou a tribuna da casa nesta quinta-feira, 8, para se defender das acusações de envolvimento no escândalo Covaxin e para eximir a gestão federal de quaisquer suspeitas. O parlamentar declarou querer ser ouvido pela CPI da Covid antes de 18 de julho, data de início do recesso parlamentar.
“O combate à corrupção está no DNA do governo Bolsonaro”, disse o congressista, enquanto elencava medidas adotadas pelo presidente da República que, em sua concepção, ampliam a transparência e o poder de fiscalização de órgãos de controle.
Barros está nos holofotes desde 25 de junho, quando, em depoimento à CPI da Covid, o deputado federal Luis Miranda afirmou que, após ele o irmão e servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, relatarem a Jair Bolsonaro indícios de corrupção na compra da vacina desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, representando em território nacional pela Precisa Medicamentos, o presidente respondeu que o esquema era "coisa" do líder do governo na Câmara.
Cerca de dois meses depois, em maio, Luis Miranda revelou, em entrevista exclusiva a Crusoé, que recebeu uma oferta de propina do lobista Silvio Assis para deixar de impor obstáculos à importação da Covaxin. A proposta teria acontecido enquanto o parlamentar deixava a casa do lobista, depois de uma reunião na qual Barros estava presente.
Da tribuna, Barros anunciou que protocolou no Supremo Tribunal Federal pedido para ser ouvido pela CPI da Covid até 16 de julho, último dia útil antes do recesso parlamentar. Em princípio, a inquirição ocorreria nesta quinta, mas foi cancelada. Por ora, a oitiva está agendada para 20 de julho, pois o presidente do colegiado, Omar Aziz, insiste que não interromperá os trabalhos da comissão.
"Não fui notificado oficialmente, porque dia 20 é dia de recesso e, obviamente, a CPI não pode marcar a minha oitiva no recesso", disse. "Eu já fui citado inúmeras vezes na CPI. Para todas as pessoas que vão lá, o relator pergunta se têm relação comigo, o relator pergunta se têm relação comigo. Todos negaram, mas eu mesmo não tive a oportunidade de fazer os esclarecimentos", emendou, acrescentando que remeterá a Aziz o mesmo pedido feito ao STF.
No pronunciamento, o deputado buscou desfazer os elos que o conectam à Covaxin. O parlamentar minimizou, por exemplo, o fato de a Precisa Medicamentos, intermediária da vacina, ter, em seu quadro societário, a Global Saúde, que, em sua gestão à frente do Ministério da Saúde, recebeu 20 milhões de reais, mas não entregou a leva de medicamentos de alto custo voltados a pessoas com doenças raras prevista em contrato.
"Francisco Maximiano, da Global, empresa que forneceu ao Ministério da Saúde quando eu era ministro e não entregou os produtos à época, já fez um termo de reconhecimento de dívida, a parcelou e está devolvendo os recursos", narrou, frisando que, em nota divulgada à imprensa, Maximiano alegou não ter contato com ele há cerca de três anos.
Barros reafirmou, ainda, não ter ligação com Regina Célia, fiscal do contrato da Covaxin. Servidora de carreira, ela chegou a ser nomeada para um cargo de confiança no ministério durante a gestão dele. "De fato, durante meu mandato, fiz uma nomeação dela, que reduziu seu salário, mas ela foi nomeada fiscal de contrato pelo ministro Marcelo Castro".
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Comentários (10)
Gilda
2021-07-08 18:55:34Defender o indefensável.Isto é. impossível.
William
2021-07-08 18:51:12Vai começar a CPI do creme de leite, que foi usado com leite condensado. HIPÓCRITAS
William
2021-07-08 18:49:42O que esperar de Randolfe ex PT, Aziz com a família presa e Renan não preciso falar nada. Provas, se não cala boca.
PAULO
2021-07-08 18:00:581- Concordo com o pilantra do Ricardo Barros. O COMBATE À CORRUPÇÃO ESTÁ NO DNA DO GOVERNO BOLSONARO. Mas vamos aprofundar. O sequenciamento do DNA nos ensinou a ler o código da vida, mas o passo mais importante é escrever nesse código, que é feito através do RNA. O DNA NÃO TRABALHA muito, ele fica parado em casa, no núcleo de nossas células (organizações), sem NUNCA SAIR DO LUGAR.
MSF
2021-07-08 17:13:17Bolsonaro destruiu a boa imagem das forças armadas, acabou com o COAF, aparelhou a PF, destruiu o MPF, acabou com a lava jato, trabalhou contra a compra de vacinas e ainda escolheu um ministro STF que dispensa comentários. Chega ser hilario o Sr. Ricardo Barros ao afirmar que o Bolsonaro trabalhou contra a corrupção. A corrupção do governo atual é a mesma dos governos petitas. Brasil um país sem futuro.
Patricia
2021-07-08 16:42:22Discursos não surpreendem nem surtem efeito. Surpresa seria ele pedisse afastamento das funções para provar inocência, mas isso não existe em Brasília. Nem o afastamento, nem a inocência.
AIRTON
2021-07-08 16:37:14É revoltante ver esse verme falar em combate a corrupção. Já nasceu corrupto. Esse bandido é bem conhecido aqui no Paraná.
Jose
2021-07-08 16:21:14Kkkkkkkkkkk. O combate a corrupção está no DNA do governo do Bozo, kkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Estou morrendo de rir, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Este Barros é um pândego! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. POr isso não há mais humoristasd no Brasil. Quem precisa deles quando temos os bozolulistas!
Edmar
2021-07-08 15:46:00Não sabia da veia humorista "stand up" dele.
Caetano
2021-07-08 15:23:01... e o nome dele não é ricardo barros.