Azeredo, Aécio e Alckmin: um problemão tucano

Tucanos veem risco nas declarações do candidato do PSDB a presidente, Geraldo Alckmin, sobre o caso Eduardo Azeredo e o destino do senador Aécio Neves. Em relação a Azeredo, Alckmin defendeu que a Justiça deve ser cumprida. Sobre Aécio, declarou que o senador não deve ser candidato.

Azeredo foi condenado a 20 anos de prisão pelo envolvimento no mensalão mineiro. Aécio é réu na Lava Jato.

A análise de parte dos tucanos é que de nada adianta Alckmin defender essas posições se não tiver pulso firme ou comando no partido para fazer com que gente enrolada se afaste do palco (para não falar que ele próprio está enrolado com a história do cunhado).

Alckmin pode ficar desautorizado e passar a imagem de que sua influência no PSDB é baixa — e controlar o partido é pré-requisito para quem almeja ser presidente.

Na prática, Minas Gerais volta a ser a pedra no sapato dos tucanos paulistas neste ano. Em 2006 e 2010, quando Alckmin e José Serra, respectivamente, disputaram o Planalto pelo PSDB, os correligionários mineiros pouco se envolveram na campanha porque temiam o poderio paulista.

Neste ano, os mineiros Azeredo e Aécio atrapalham a candidatura de Alckmin. Não por motivos políticos, mas por questões policiais.