Aumento da gasolina nos Estados Unidos também é culpa de Joe Biden
O preço do litro de gasolina nos Estados Unidos chegou a 6,72 reais em junho. Nesta sexta, 29, já tinha caído para 6,32 reais — mais do que o valor cobrado no Brasil, que está abaixo de 6 reais. A subida internacional no preço do barril de petróleo nas últimas semanas teve como principal causa...
O preço do litro de gasolina nos Estados Unidos chegou a 6,72 reais em junho. Nesta sexta, 29, já tinha caído para 6,32 reais — mais do que o valor cobrado no Brasil, que está abaixo de 6 reais.
A subida internacional no preço do barril de petróleo nas últimas semanas teve como principal causa a guerra na Ucrânia, mas políticas adotadas pelo governo do democrata Joe Biden (foto) também têm contribuído para a inflação no preço dos combustíveis nos Estados Unidos. "O preço do petróleo é extremamente político", diz o especialista em relações internacionais Marcos Vinicius Freitas, professor da China Foreign Affairs University, em Pequim.
Biden, assim como os demais integrantes do Partido Democrata, tem mantido uma retórica contra as empresas petrolíferas, por liberarem na atmosfera gases que causam o aquecimento global. "Esse discurso tem sido particularmente daninho para assegurar investimentos de longo prazo", diz Marcus Vinicius. Quando ainda estava em campanha, em 2020, Biden prometeu que os Estados Unidos ficariam livres dos combustíveis fósseis. Investidores inseguros então preferiram desviar o dinheiro para outras áreas, o que impediu um crescimento da oferta.
O presidente também tomou diversas medidas com impacto direto na produção de energia. No ano passado, ele cumpriu uma promessa de campanha e revogou a permissão para o oleoduto Keystone XL. As tubulações levariam petróleo do Canadá para refinarias americanas, mas enfrentavam a resistência de proprietários de terras, tribos americanas e ambientalistas. Biden ainda bloqueou a exploração de petróleo no Alaska, restringiu importações de barris, suspendeu autorizações federais e aumentou substancialmente as regulamentações no setor.
Com a escalada de preços, Biden enviou seus assessores para convencer o ditador venezuelano Nicolás Maduro a aumentar a produção e foi pessoalmente à Arábia Saudita para solicitar mais petróleo aos aliados do Oriente Médio. O país latino-americano, contudo, segue sob o efeito das sanções impostas durante o governo de Donald Trump. A Arábia Saudita, por sua vez, já está com a produção perto de seu teto e tem pouco a oferecer além do que já exporta. "A instabilidade internacional causada pelas respostas errantes do presidente americano no Afeganistão e na Guerra da Ucrânia reduziu o peso político internacional dos Estados Unidos. Isso retirou a capacidade americana de convencer os demais a aumentar a produção", diz Marcus Vinicius.
A relação entre as medidas de Biden e o preço da gasolina já começou a ser explorada pelo ex-presidente Donald Trump, que está ensaiando seu retorno a Washington. Em seu discurso na terça, 26, Trump falou: "O preço da gasolina é o mais alto na história do nosso país. Estamos nos tornando uma nação mendicante, rastejando para outros países em busca de energia. Estamos implorando para que Venezuela e Arábia Saudita nos mandem mais gasolina, quando temos mais 'ouro líquido' debaixo dos nossos pés que qualquer outra nação".
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Comentários (4)
Francisco
2022-07-31 21:04:02Tira petróleo no Alaska e traz de petroleiros, em vez de atravessar o Canadá e as terras indígenas com dutos!
Hayek
2022-07-30 17:57:05Pouca sorte, presidente Biden. Ao invés de incentivar as fontes alternativas e sustentáveis de energia limpa, apoiando a tecnologia e investimentos, foi ansioso em restringir a nociva queima de combustíveis fósseis. Já está a pagar um alto preço político por essa escolha. Pouca sorte, presidente Biden.
Ivan
2022-07-30 14:04:09Ô artigo parcial! Foi Trump quem escreveu?
Davidson
2022-07-29 21:18:22Mr. Magoo não apenas gagá mas é MUITO burro. É o mula da silva americano. 🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮