Ativista pró-palestino preso pelo governo Trump exige US$ 20 milhões
Mahmoud Khalil, preso após protestos pró-palestinos na Universidade de Columbia, exige 20 milhões de dólares por suposta detenção injusta e perseguição maliciosa

Mahmoud Khalil, ativista nascido na Síria, busca compensação da administração Trump após ser preso em conexão com manifestações pro-palestinas na Columbia University.
Desde o início de seu mandato, Donald Trump anunciou medidas rigorosas contra ações consideradas antissemitas, direcionando críticas especialmente às universidades de elite como a Columbia.
O presidente americano alegou que essas instituições não protegiam adequadamente os estudantes judeus e ameaçou cortar financiamentos federais. Além disso, fez declarações sobre a deportação de estudantes internacionais envolvidos em protestos favoráveis à Palestina.
Mahmoud Khalil foi o primeiro a ser detido por agentes do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos Estados Unidos (ICE) em decorrência dessas novas diretrizes.
Ele foi preso em sua residência em Nova York no dia 8 de março, sendo informado da revogação de seu visto de estudante, apesar de possuir um Green Card, que lhe confere status de residente permanente.
Khalil permaneceu mais de cem dias sob custódia imigratória até ser liberado sob fiança em 20 de junho, enquanto os processos legais relacionados à sua deportação continuam.
Agora, ele exige da administração Trump uma indenização de 20 milhões de dólares por suposta detenção injusta e perseguição maliciosa.
Protestos pro-palestinos na Columbia University
O ativista ganhou notoriedade durante os protestos pro-palestinos na Columbia University em 2024, onde se destacou por sua disposição em se identificar publicamente e interagir com a imprensa. Ele atuou como porta-voz do movimento e fez esforços para mediar diálogos entre a universidade e grupos ativistas.
Na última quinta-feira, os advogados de Khalil anunciaram que formalizaram uma reclamação contra o Departamento de Segurança Interna (Homeland Security) e o Departamento de Estado dos EUA.
As autoridades têm um prazo de seis meses para responder ao pedido. Caso não haja uma solução satisfatória, uma ação judicial poderá ser movida contra o governo Trump.
Reivindicação absurda
A representante do Departamento de Segurança Interna classificou a reivindicação como "absurda", afirmando que a administração agiu dentro dos limites da lei ao proceder com a prisão de Khalil.
Khalil expressou esperança de que sua ação sirva como um alerta ao governo: "Espero que isso funcione como uma forma de desencorajar futuras ações semelhantes. Trump deixou claro que só entende a linguagem do dinheiro".
No entanto, ele também mencionou estar disposto a aceitar um pedido formal de desculpas da administração Trump, desde que haja garantias para não haver mais detenções relacionadas a opiniões pro-palestinas.
A prisão de Khalil suscitou amplas críticas nos Estados Unidos por parte de grupos pro-palestinos e defensores dos direitos civis, que acusam o governo Trump de confundir crítica a Israel com antissemitismo.
Desde março, diversos casos envolvendo estudantes ou professores pro-palestinos com permissões válidas têm emergido, revelando um padrão de detenções e processos judiciais que ameaçam suas permanências nos Estados Unidos sob alegações de promoção da propaganda do grupo terrorista Hamas.
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