Atentado a policiais ajuda em novo recorde negativo de Boric
Gabriel Boric alcançou neste mês de maio seu pior índice de aprovação desde que chegou ao governo, indica uma pesquisa publicada pelo instituto Cadem. Na primeira semana de maio, 70% desaprovam o governo de Boric, enquanto 24% acreditam que o governo de esquerda está em um bom caminho. O instituto aponta uma possível motivo para...
Gabriel Boric alcançou neste mês de maio seu pior índice de aprovação desde que chegou ao governo, indica uma pesquisa publicada pelo instituto Cadem. Na primeira semana de maio, 70% desaprovam o governo de Boric, enquanto 24% acreditam que o governo de esquerda está em um bom caminho.
O instituto aponta uma possível motivo para uma nova onda negativa ao presidente: um atentado contra forças policiais na província de Bío-Bío, ao sul de Santiago, em 27 de abril. Três policiais foram mortos a tiros e, em seguida, tiveram seus corpos carbonizados dentro da viatura, que também foi queimada.
O crime gerou uma comoção no país, e pressiona os governos nacional de da província por respostas. Desde o caso, há nove dias, a área está em toque de recolher.
A maior parte dos chilenos credita o feito a terroristas — 80% acreditam que forças ligadas ao crime organizado estariam por trás do ataque. Uma minoria menor que 10% acreditam que o caso tenha a ver com o conflito Mapuche, onde populações tradicionais contestam o governo nacional na região sul do país. Quase 90% dos chilenos entrevistados pedem maiores poderes a policiais no combate armado (como foro especial), assim como participação das forças armadas na questão.
O mau momento na popularidade de Boric reflete não apenas o azedume clássico do chileno médio (que já deu maiores desaprovações aos governos de Michelle Bachelet e Sebastián Piñera, morto em fevereiro), mas um crescente descontentamento com o presidente de 38 anos, eleito com uma plataforma de mudança após os protestos de 2019. Para 71%, o país vai na direção errada; para 80%, a economia está retrocedendo.
Os insucessos na conta de Boric são muitos. A proposta de redigir uma nova Constituição, substituindo a carta escrita sob a ditadura de Augusto Pinochet, foi encerrada após nenhum nem a versão da direita nem a da esquerda agradarem os eleitores. Boric foi obrigado a engolir em seco e dar como encerrada a discussão, que teria gerado "frustração e até tédio na sociedade".
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