Assange cumpre acordo judicial e se declara culpado nos EUA
O fundador do WikiLeakes, Julian Assange, se declarou culpado de uma acusação criminal única por publicação de documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos. A declaração faz parte de acordo judicial firmado entre Assange e as autoridades americanas para livrá-lo de uma eventual sentença de prisão em solo americano. Segundo o acordo, revelado na segunda,...
O fundador do WikiLeakes, Julian Assange, se declarou culpado de uma acusação criminal única por publicação de documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos.
A declaração faz parte de acordo judicial firmado entre Assange e as autoridades americanas para livrá-lo de uma eventual sentença de prisão em solo americano.
Segundo o acordo, revelado na segunda, 24 de junho, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, em sua função de Ministério Público, considerará que o hacker já cumpriu a pena ao ter passado os últimos cinco anos em uma prisão de segurança máxima no Reino Unido.
Assange apresentou sua declaração de culpa em um tribunal federal em Saipan, capital do território americano das Ilhas Mariana do Norte, na Oceania, na manhã desta quarta-feira, 26, no horário local.
Desde sua libertação no Reino Unido, na segunda, o hacker se dirige à seu país natal, a Austrália.
O peão de Putin
O hacker australiano Julian Assange (foto) nem botou os pés em seu país, a Austrália, e os aliados do ditador russo Vladimir Putin já declararam que querem arrumar um emprego para ele.
Assange foi libertado nesta segunda, 24, após realizar um acordo jurídico com os promotores americanos. Ele assumiu a culpa pelo crime de roubar e disseminar informações secretas. Como já permaneceu na prisão por cinco anos no Reino Unido, poderá viver em liberdade a partir de agora.
Todos os veículos de comunicação ligados ao Kremlin festejaram a libertação do hacker.
Na conta do canal russo Sputnik, a diretora de redação, Margarita Simonyan, afirmou que espera que o hacker volte a apresentar um programa para o RT, também do governo russo.
Ela chamou Assange de "o melhor jornalista da nossa época" e um "visionário".
Até ser preso, Assange foi um peão de Putin, e é isso o que explica seu viés fortemente antiamericano.
Os telegramas diplomáticos que ele revelou em 2010 tinham como objetivo enfraquecer os Estados Unidos.
Três anos depois, o americano Edward Snowden, um funcionário contratado da CIA que publicou informações sigilosas do governo americano, conseguiu fugir dos Estados Unidos e obteve asilo na Rússia. Ele teve despesas com advogados e hotéis pagas pelo Wikileaks, de Assange. Em 2022, o ditador Vladimir Putin concedeu cidadania russa para Snowden.
Em 2016, foram divulgadas 20 mil mensagens do Diretório Democrata nos sites Wikileaks e Intercept. A intenção era atrapalhar a eleição de Hillary Clinton, que acabou perdendo para Donald Trump, um personagem bem mais aprazível para o Kremlin.
Em seguida, agências de inteligência afirmaram com "alto grau de confiança" que o Wikileaks tinha conseguido do governo russo os emails dos democratas. “As revelações recentes de e-mails supostamente hackeados em sites como DCLeaks.com e Wikileaks, e pela identidade online Guccifer 2.0, são consistentes com os métodos e motivações russos”, dizia uma nota do Departamento de Segurança Interna e do diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos. “Nós acreditamos que somente oficiais de alto nível da Rússia poderiam ter autorizado essas atividades.”
Ao mesmo tempo em que sempre atacou os Estados Unidos e, particularmente, o Partido Democrata, Assange nunca proferiu uma palavra contra a Rússia ou o ditador Putin.
Livre das prisões do Ocidente, Assange voltará a ser um peão de Putin.
Leia na Crusoé: O mensageiro do apocalipse
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (1)
AEC
2024-06-26 05:45:35E aqui, Lule já começou a ma caquear...