As manobras militares de Kim Jong-un
Kim Jong-un (foto) está preparando seu país para uma "guerra total". Após demitir o general-chefe das suas forças armadas no início do mês, o ditador da Coreia do Norte agora quer um "aumento drástico" da produção de mísseis no país, o que aponta para preparativos de um confronto envolvendo seu país. O jornal estatal Rodong Sinmun,...
Kim Jong-un (foto) está preparando seu país para uma "guerra total". Após demitir o general-chefe das suas forças armadas no início do mês, o ditador da Coreia do Norte agora quer um "aumento drástico" da produção de mísseis no país, o que aponta para preparativos de um confronto envolvendo seu país.
O jornal estatal Rodong Sinmun, o único permitido a operar no país, revelou que o ditador visitou, durante o final de semana, uma fábrica de transportadores de mísseis no país. No texto — naturalmente dotado de linguagem patriótica e adoradora à imagem de Kim — se lê que ele "colocou em prática uma importante meta de aumentar drasticamente a capacidade de produção de mísseis, baseado no sucesso já alcançado pela fábrica para a produção em massa dos mísseis."
O texto oficial norte-coreano cita a palavra "guerra" em sete ocasiões. "Ele [Kim Jong-un] diz que o Exército Popular da Coreia tem de ter uma força militar esmagadora e estar totalmente preparado para qualquer guerra a qualquer momento", escreve a mídia estatal, "assim como prevenir os inimigos de usarem suas forças amadas, para claramente aniquilá-los se um ataque for lançado". Em outro ponto, os comunistas citam preparações "perfeitas" para a guerra.
O recado é, principalmente, para Seul e Washington. A Coreia do Sul é vista por Pyongyang como uma parte rebelde do seu território, e mesmo hoje, 70 anos após a assinatura de um armistício, a guerra entre as duas metades da península da Coreia, iniciada em 1950, tecnicamente ainda ocorre.
Já os EUA buscam deter o poderio militar atômico crescente de Pyongyang — que conduziu um dos últimos testes conhecidos com armamento do tipo, com bombas de hidrogênio no final da década passada. Com forte presença de tropas na Coreia do Sul e no Japão, os Estados Unidos são um alvo preferencial das escaramuças de Kim Jong-un, mesmo que o país tenha maiores problemas que não consiga facilmente esconder, tais como seguidas epidemias de fome e o isolamento da sociedade mundial.
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