As reclamações de Bolsonaro sobre o Facebook e a imprensa
Jair Bolsonaro (foto) criticou, nesta quinta-feira, a ação do Facebook que derrubou 88 páginas, contas e grupos na rede social e no Instagram ligados a gabinetes de sua família e de aliados, além da cobertura da imprensa sobre o caso. "A onda agora é dizer que as páginas da família Bolsonaro e de assessores que ganham dinheiro...
Jair Bolsonaro (foto) criticou, nesta quinta-feira, a ação do Facebook que derrubou 88 páginas, contas e grupos na rede social e no Instagram ligados a gabinetes de sua família e de aliados, além da cobertura da imprensa sobre o caso. "A onda agora é dizer que as páginas da família Bolsonaro e de assessores que ganham dinheiro público para isso promovem o ódio", disse durante transmissão ao vivo.
O presidente "desafiou" a mídia a mostrar "textos de ódio" publicados por ele ou pelo seu círculo próximo. "Apontem uma imagem minha de ódio no meu Facebook, no dos meus filhos. Não tem nada. É o tempo todo acusando ódio. O que eu ganharia agora acusando quem quer que seja no Brasil de qualquer coisa. Não existe nada no tocante a isso? Nada. Zero", disparou.
Sozinho em frente às câmeras, devido ao diagnóstico positivo para o novo coronavírus, o chefe do Planalto condenou o fato de a investida ter atingido somente bolsonaristas. "No Brasil, sobrou para quem? Para quem está do meu lado, para quem é simpático a minha pessoa. E a esquerda fica aí posando de moralista, de propagadores da verdade e etcetera", disse.
Após derrubar os perfis, a empresa sustentou que um grupo de funcionários dos gabinetes do presidente, de filhos seus e aliados do PSL usava uma combinação de contas duplicadas e falsas para evitar a aplicação de políticas da plataforma. A ação seria voltada para ludibriar usuários.
Para rebater a ação, com uma papelada em mãos, o chefe do Executivo mostrou materiais que, em sua concepção, destilariam o ódio contra ele e sua família. Entre os exemplos, citou uma charge que o associa ao nazismo — o Ministério da Justiça e Segurança Pública pediu a abertura de um inquérito para investigar a ilustração.
Em outro momento, mostrou uma publicação que questionava se, no dia em que sofreu uma facada, Adélio Bispo "havia sido incompetente ou distraído" e outra que orientava como o atentado deveria acontecer "na próxima vez". "Ninguém fala em derrubar essa página aqui e nem eu estou pedindo para derrubar página de ninguém, não", emendou.
Bolsonaro ainda classificou como "tapetão" a ideia de uso dos materiais que embasaram a decisão do Facebook nas ações que pedem a cassação de sua chapa no Tribunal Superior Eleitoral. "Tentam, no tapetão, o tempo todo, derrubar a chapa Bolsonaro-Mourão; ou desqualificar o governo; ou desgastar o governo. Mas não apresentam uma prova sequer."
Movidos pela coligação "O Brasil Feliz de Novo (PT/PCdoB/PROS), os processos mencionados por Bolsonaro o acusam de envolvimento no impulsionamento de mensagens durante a campanha de 2018.
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