As condições de Putin para um tratado de paz
O ditador russo sugeriu colocar a Ucrânia em uma forma de administração temporária para permitir novas eleições no país vizinho

As agências de notícias russas publicaram nesta sexta-feira, 28, que o ditador Vladimir Putin sugeriu colocar a Ucrânia em uma forma de administração temporária, "sob a supervisão da ONU, dos Estados Unidos, de países europeus e de nossos parceiros", para permitir novas eleições e a assinatura de um tratado de paz.
"Em princípio, é claro, uma administração temporária poderia ser introduzida na Ucrânia, sob a supervisão da ONU, dos Estados Unidos, dos países europeus e de nossos parceiros", disse Putin aos marinheiros do porto Murmansk.
"Isso serviria para realizar eleições democráticas e levar ao poder um governo capaz, que gozasse da confiança do povo. E, então, iniciar negociações com eles sobre um tratado de paz", continuou.
Para Putin, os esforços de Trump para prosseguir com negociações diretas com a Rússia, ao contrário de seu antecessor Joe Biden, demonstram que presidente americano quer a paz no leste europeu.
"Na minha opinião, o presidente recém-eleito dos Estados Unidos quer sinceramente o fim do conflito por uma série de razões", disse ele, segundo as agências.
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Os planos de Putin para Zelensky
Sem pressa para colocar um fim em sua ofensiva militar, Putin tenta remover o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, do poder e colocar no lugar alguém que seja pró-Russia.
Como mostramos, os russos não gostam de Zelensky, que conseguiu impedir que seu país fosse dominado militarmente em poucos dias e tem obtido apoio dos chefes de governo europeus.
A máquina de desinformação russa tem atuado para trabalhar a mensagem, especialmente nos EUA, de que Zelensky é ingrato, corrupto e ambíguo.
"Os russos pressionam por novas eleições na Ucrânia porque acreditam que poderão manipular o resultado, como fizeram na Romênia este ano", afirmou a pesquisadora de comunicação ucraniana Iryna Zemlyana, da ONG independente Instituto de Informação de Massa, em Kiev, a Crusoé.
"Os russos sabem que seria impossível ter eleições limpas na Ucrânia, uma vez que parte do território está sob domínio estrangeiro e há milhões de ucranianos espalhados pelo mundo", acrescentou.
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