As causas bilionárias por trás do lobby que lotou a agenda do STF
A agenda dos ministros do Supremo Tribunal Federal durante esta semana foi recheada de audiências com advogados, empresários e políticos envolvidos com o lobby de empresas em favor de causas de bilhões de reais. Um dos assuntos tratados foi o julgamento sobre o alcance de uma decisão tomada pela corte de 2017 que excluiu o...
A agenda dos ministros do Supremo Tribunal Federal durante esta semana foi recheada de audiências com advogados, empresários e políticos envolvidos com o lobby de empresas em favor de causas de bilhões de reais.
Um dos assuntos tratados foi o julgamento sobre o alcance de uma decisão tomada pela corte de 2017 que excluiu o ICMS na base de cálculo do PIS-Cofins. O STF precisa resolver se a decisão se aplica a partir daquele ano em diante ou se vale também para os anteriores. Se os ministros optarem pelo segundo caminho, a União poderá devolver até 245 bilhões de reais em tributos a empresas.
Um dos defensores de que a decisão tenha efeito retroativo é o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade, que esteve no gabinete do ministro Dias Toffoli. O julgamento começou nesta quinta-feira, 29, e prossegue na semana que vem.
Outra causa que fez com que empresários e políticos se dirigissem aos gabinetes do STF interessa diretamente a ruralistas favoráveis à aquisição de terras por empresas brasileiras que tenham participação de capital estrangeiro.
Estão em jogo, nesse caso, investimentos da ordem de 50 bilhões de reais. A ação em favor dos ruralistas foi movida em 2015 e é assinada pelo advogado Sérgio Renault, que trabalhou no governo Lula e era tido como uma espécie de intermediário na relação da Odebrecht com Dias Toffoli à época em que o ministro era advogado-Geral da União. Desta vez, no entanto, quem fez lobby junto a Toffoli foi o senador Irajá Silvestre, do PSD, o ex-deputado Nilson Leitão e um empresário do setor da cana de açúcar.
Já o ministro Marco Aurélio Mello teve audiências, por videoconferência, com grupos contrários à derrubada da norma que autoriza a renovação automática de patentes de remédios. De acordo com um estudo do TCU, esse dispositivo impediu que o governo arrecadasse mais de 900 milhões de reais em um período de dez anos -- o cálculo é tido como conservador. O caso também começou a ser julgado nesta semana pelo Supremo.
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Comentários (7)
ADRIANO
2021-05-03 11:04:50E cadê os nomes da parentela dos ministros que estão envolvidos nesse angu???????
NESTOR
2021-05-03 00:28:45Jogo de cartas marcadas...do jeito que um juiz corrupto gosta..sempre sobra uma boa grana.
Edenilson
2021-05-02 21:15:29Quando que os contribuintes e pagadores de impostos sao ouvidos pelo STF? Parasitas
André
2021-05-02 19:35:03So um IRA a explodir toda essa corja.
Luiz
2021-05-02 10:55:26Os Ministros podem falar com a parte. Aliás, eles podem tudo. Aliás eles são os semi Deus. Não tem jeito. Tamos flu flu
Edmundo
2021-05-01 23:35:22Isto é Brasil! Será quando iremos tomar vergonha na cara?
PAULO
2021-05-01 15:01:56Alguém em sã consciência, acha que estes ministros do STF, tem capacidade intelectual de encontrar um bom termo em questões como estas? Esses ministros são cultos, porém, completos idiotas. Foram escolhidos pelo que tem de pior. E se tomam uma decisão hoje, podem mudar de acordo com a conveniência pessoal e da trupe que é essa corte amanhã, sem qualquer embasamento lógico. O Brasil é assolado pela corrupção e pela incompetência generalizada, retratada nessa corte de completos imbecís.