Argentina volta ao ataque contra o FMI
O ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, assumiu o posto em dezembro de 2019 com a missão de conseguir renegociar a dívida com o Fundo Monetário Internacional, o FMI. Apesar de não ter experiência em governo, ele tinha uma longa passagem acadêmica em renegociação de dívidas e desenvolvimento. A Argentina conseguiu um acordo com...
O ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, assumiu o posto em dezembro de 2019 com a missão de conseguir renegociar a dívida com o Fundo Monetário Internacional, o FMI. Apesar de não ter experiência em governo, ele tinha uma longa passagem acadêmica em renegociação de dívidas e desenvolvimento.
A Argentina conseguiu um acordo com os credores privados em agosto do ano passado, mas ainda falta fechar um acordo com o próprio FMI. As conversas ainda prosseguem, mas devem ficar menos amistosas daqui em diante.
No domingo, 24, Guzmán afirmou durante um debate em Buenos Aires que a instituição emprestou dinheiro ao governo de Mauricio Macri, em 2018, porque tinha interesse político.
"O Fundo não vai reconhecer. Os Estados Unidos também não. O FMI financiou a campanha de Macri. Agora os argentinos estão pagando a campanha de Macri", disse Guzmán.
A mudança de tom de Guzmán foi precedida por um vídeo nas redes sociais do grupo de jovens La Càmpora, que é controlado por Máximo Kirchner, filho da vice-presidente Cristina. No filme, eles dançam animados ao lado de Máximo e de sua mãe (foto). “Essa dívida que deixaram, nós não vamos pagar. Com a fome do povo não se mexe nunca mais", cantam.
O tom agressivo caiu mal entre investidores e credores que torcem por um acordo, mas foi impossível de evitar. A Argentina tem eleições legislativas marcadas para o dia 14 de novembro. Criticar o FMI sempre rendeu votos entre os eleitores mais fanáticos dos Kirchner.
"Basicamente, é uma questão de conjuntura eleitoral. Cristina Kirchner tem pressionado o governo a não abandonar a linha de confrontação com o FMI, pois isso é algo de forte apelo no kirchnerismo duro", diz o cientista político Patricio Giusto, da consultoria Diagnóstico Político, em Buenos Aires. "Não é uma situação em que Martín Guzmán se sente confortável, porque ele é talvez o último ministro mais ou menos sério do gabinete. Mas Guzmán provavelmente está tendo de seguir essa postura do La Cámpora e de Máximo Kirchner."
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Comentários (9)
Ferreiraq
2021-10-26 22:00:12A Argentina é um dos poucos países do mundo que tem condições em recursos naturais para fechar suas fronteiras e dar uma banana para o mundo. Bastaria um pouquinho de organização. No início do Século XX, a Argentinha detinha o equivalente a mais de 50% do PIB da América Latina.
maria s.q.escoda
2021-10-26 14:25:54...por casamento sou vida de Argentina, minha cidadania e formação acadêmica sustentam que: O peronismo é uma das doenças incuráveis da A.Latina. Esse filhote da Cristina é o candidato pra suceder o babaca do Fernandez. La Campora é o movimento pro Máximo Kirchner, cuja etmologia reside no fato histórico de Campos e no Governo e Perón no poder, anos 50, quando este foi deposto e elegeu o Campora como seu poste....Então, o Máximo, seria o Campora da mãe: Ele no Governo e ela no poder. Fangulo!
MARCOS
2021-10-26 12:07:07MARIONETE DA LADRA.
Marcello
2021-10-26 11:32:41Governo perdulário (como o brasileiro) gasta demais e depois reclama de pagar o que precisou tomar emprestado! Injusto com as futuras gerações, que têm o futuro comprometido.
Carlos Renato Cardoso da Costa
2021-10-26 11:05:27Está certo. É importante jogar pra galera, sacar uns votos a mais e, de quebra, tentar legitimar o calote que vão dar, não pelo empréstimo ter sido ilegal, imoral ou ilegítimo, mas sim pelo país estar completamente falido.
Maria
2021-10-26 10:15:41A Argentina não sai desse buraco. Esses ismos só afundam o país. Criaram a guerra das malvinas só pra desviar a atenção dos problemas políticos e econômicos. E esse embate FMI x argentina, já dura uma eternidade. Os paises da América Latina não conseguem votar e manter bins candidatos no governo. Preferem populistas corruptos e mentirosos para se enganarem. Acreditam em fórmula mágica. Triste realidade.
KEDMA
2021-10-26 09:01:11Quem não faz o dever de casa corretamente paga as consequências.
FRANCISCO AMAURY GONÇALVES FEITOSA
2021-10-26 08:47:32é a velha desculpa da incompetência e da irresponsabilidade . evoensar que nos invejávamos os argentinos anos atrás.
Sônia Adonis Fioravanti
2021-10-26 08:32:45Lembra as posturas dos fanáticos BOLSONARISTA E DE GUEDES