Aprovado convite para Guedes esclarecer declaração de que Senado teria cometido crime
Por unanimidade, senadores aprovaram nesta terça-feira, 25, um convite para o ministro da Economia, Paulo Guedes (foto), dar explicações sobre o episódio em que afirmou que o Senado cometeu "um crime contra o país" ao rejeitar o veto do presidente Jair Bolsonaro à possibilidade de concessão de reajustes a servidores públicos até o fim de...
Por unanimidade, senadores aprovaram nesta terça-feira, 25, um convite para o ministro da Economia, Paulo Guedes (foto), dar explicações sobre o episódio em que afirmou que o Senado cometeu "um crime contra o país" ao rejeitar o veto do presidente Jair Bolsonaro à possibilidade de concessão de reajustes a servidores públicos até o fim de 2021.
Por se tratar de um convite, caberá a Guedes decidir se comparece ou não à sessão remota para tratar do tema. Consultado por Crusoé, o Ministério da Economia ainda não informou se o ministro pretende atender ao chamado dos senadores.
A polêmica declaração ocorreu momentos após o Senado rejeitar, por 42 votos a 30, o veto, na última quarta-feira, 19. Naquela ocasião, o chefe da equipe econômica avaliou que a casa "deu um sinal muito ruim", classificou o resultado como "um desastre" e declarou que "pegar dinheiro da saúde e permitir que vire aumento de salário do funcionalismo é um crime contra o país".
De acordo com o governo, a posição dos senadores comprometeria uma economia de 130 bilhões de reais. A cifra corresponde ao valor que deve ser poupado com o congelamento de salários. O impeditivo aos reajustes foi estabelecido no plano de socorro a estados e municípios. Tratava-se de uma contrapartida à transferência direta de 60,15 bilhões aos entes federados e à suspensão de dívidas dos entes com a União (35,34 bilhões), bancos públicos (13,98 bilhões), organismos multilaterais (10,73 bilhões) e de débitos previdenciários (5,6 bilhões).
A fala irritou senadores, que chegaram a cogitar a convocação de Guedes. Nesse caso, o ministro seria obrigado a comparecer a uma sessão da casa. Se faltasse sem justificativa, poderia responder por crime de responsabilidade, conforme a Constituição Federal. Entretanto, governistas intervieram e conseguiram arrefecer os ânimos.
A decisão do Senado acabou revertida no dia seguinte pela Câmara, que tinha a palavra final. Por 316 votos a 165, os deputados preservaram o veto de Bolsonaro, proibindo, assim, aumentos nos contracheques de funcionários públicos federais, estaduais e municipais até 31 de dezembro de 2021.
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Comentários (10)
Gisele
2020-08-26 10:18:34Quem devia ser sabatinado é esse senado! Só que não! Já se sabe que serão reprovados! Os brasileiros concordam com Guedes!
Elza
2020-08-26 08:08:04Eu e mais milhares de Brasileiros também não achamos, temos certeza da irresponsabilidade do Senado, vão convocar todo mundo?? É só seguir as redes sociais!!
Eustaquio
2020-08-26 05:41:58Quero ver o serviço público parar totalmente com esta pandemia. Aí vão verificar que este veto foi PORCO. Os senadores estão corretos e a câmara se vendeu. Que tem que rever alguns salários, sem dúvida. Mas colocar no serviço público todas as mazelas do país, isto foi uma covardia.
Alberto, o de sempre
2020-08-26 02:03:30No lugar do ministro eu não iria. Seria dar importância a esses vagabundos. Seria o mesmo que chutar cachorro morto, já que a Câmara (sem precisar do Nhonho/Botafogo) deu a resposta que mereciam. Ma se fosse obrigado eu iria e repitiria na cara deles tudo o que disse.
Nilson
2020-08-25 22:51:16Se não foi crime foi vergonhoso o que fizeram dar aumento a servidor que já ganha muito, trabalha pouco e presta um mal serviço. Estes senadores que votaram a favor vivem na ilha da fantasia chamada Brasilia.
Gilda
2020-08-25 20:04:13Ai que nojo... atualmente ninguém do governo pode reagir e nem falar nada. Uma chatice essa censura de quem não conforma que perdeu as eleições!!!
Fernando Oliveira
2020-08-25 19:42:45Quem tem que vir a público e dar uma satisfação ao Brasil é o presidente do Senado sobre este episódio. Qual foi a participação dele e dos líderes? Outra, é cobrar dos Senadores a responsabilidade pelo voto de cada um. Crusoé, emissoras de rádio e televisão, outros órgãos de imprensa, todos devem convidar para entrevista os Senadores que votaram pela derrubada do veto. O que eles pensam, etc.
Beto
2020-08-25 18:41:07Bom lembrar que os aumentos que seriam permitidos, se não houvesse o veto, seriam apenas para as áreas da saúde, assistência social, educação e segurança pública.
Nelson
2020-08-25 17:59:22Mande essa turma do senado às favas! Bando de irresponsaveis
Marcos
2020-08-25 17:59:22Eleitores precisam avaliar bem o voto para senador, vez que o mandato percorre 8 longos anos. Alguém deveria propor uma PEC para redução do mandato.