Após silêncio de Bolsonaro, '300 do Brasil' diz que vai rever defesa cega do governo
Insatisfeitos com o silêncio do presidente Jair Bolsonaro sobre a prisão da ativista Sara Winter na segunda-feira, 15, integrantes do movimento 300 do Brasil vão rever a defesa "cega" que têm feito do atual governo. O grupo esperava que Bolsonaro se manifestasse publicamente contra a prisão de Sara e de outros cinco integrantes por ordem...
Insatisfeitos com o silêncio do presidente Jair Bolsonaro sobre a prisão da ativista Sara Winter na segunda-feira, 15, integrantes do movimento 300 do Brasil vão rever a defesa "cega" que têm feito do atual governo.
O grupo esperava que Bolsonaro se manifestasse publicamente contra a prisão de Sara e de outros cinco integrantes por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no inquérito que investiga a realização de atos antidemocráticos.
"Pelo clima que está se estabelecendo aqui, com essa falta de assistência do presidente nesse momento, creio que a gente vai deixar de fazer a defesa cega do Bolsonaro e começar a avaliar cada pauta do governo para decidir se vamos aderir ou não", disse Bertoni de Oliveira, advogado de Sara e uma espécie de consultor jurídico do movimento de extrema-direita.
Oliveira afirmou que o grupo não pretende romper com o presidente porque ele é "a única opção de direita no país", mas ressaltou que "a figura do Bolsonaro vai ser reavaliada por quase todos os integrantes do 300".
Sara Winter é a principal liderança do grupo, que surgiu no início de maio em um acampamento na Esplanada dos Ministérios para defender o governo Bolsonaro e criticar quem seriam os inimigos do presidente, como lideranças do Congresso e membros do STF.
A prisão de Sara ocorreu dois dias após militantes bolsonaristas protestarem soltando fogos de artifício em direção ao prédio do Supremo. Em depoimento à Polícia Federal na segunda-feira, Sara disse que não participou do ato. Apesar disso, ele escreveu uma série de mensagens ofensivas e com ameaças ao STF nas redes sociais.
Para a Procuradoria-Geral da República, que defendeu as prisões, o grupo 300 do Brasil arrecada recursos financeiros para promover ações que violam a Lei de Segurança Nacional. Segundo a PGR, as prisões são temporárias e têm como objetivo, "ouvir os investigados e reunir informações de como funciona o esquema criminoso".
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