Julien Nizet / Conselho da União Europeia

Após se gabar de vitória, Macron tem de se sentar à mesa com Marine Le Pen

26.08.24 11:36

Emmanuel Macron (foto) voltou a se reunir com partidos de direita franceses nesta segunda, 26, na esperança de um acordo para a nomeação de um primeiro-ministro no país. É o segundo dia de reuniões que o presidente da França tem com membros da classe política do país, na esperança de destravar a nomeação daquele que deverá comandar o legislativo do país.

O impasse nasceu na decisão tomada pelo próprio Macron no início de junho para dissolver o parlamento e convocar novas eleições. A ideia original do presidente era impedir o crescimento do partido Reunião Nacional, comandado por Marine Le Pen e considerado mais à direita no espectro político.

O plano de Macron deu mais ou menos certo: o Reunião Nacional ficou com a terceira maior bancada, mas nenhum partido teve a maioria da Assembleia Nacional — nem a esquerda, que competiu unida e agora dá sinais que não terá força para nomear um primeiro-ministro.

Entre eles está, obviamente, o Reunião Nacional — que promete vetar qualquer governo comandado pela esquerda. Na sexta-feira, 23, o presidente recebeu do bloco de esquerda a sugestão do nome de Lucie Castets, de 37 anos. Macron, responsável pela indicação, está resistente ao nome, por considerar que a esquerda, que tem o maior número de parlamentares, ainda sim não tem a maioria nem um consenso ante o nome de Lucie. Desde que o então premiê Gabriel Attal entregou o cargo, no início do mês passado, o cargo está vago.

Nesta segunda, Le Pen e o presidente do seu partido, Jordan Bardella, foram ao Palácio do Eliseu, sede do Executivo francês, para se reunir com Macron. O presidente ainda se encontrará com o líder dos Republicanos, antigo partido de direita tradicional que vem encolhendo e sendo lembrado mais pelas confusões que por sua articulação.

Macron, ao menos, conseguiu manter a presidência da Assembleia Nacional, ao reeleger a deputada Yaël Braun-Pivet, do seu partido e no cargo desde junho de 2022. Apesar disso, a escolha foi apertada: ela foi reeleita com 220 votos de um total de 577 deputados.

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