Coronavírus: governo estima queda de despesas com viagens oficiais

A pandemia de coronavírus e a consequente suspensão de viagens em decorrência da doença trarão pelo menos um impacto positivo nas contas públicas: a redução das despesas com passagens e diárias. No ano passado, a União gastou 1,1 bilhão de reais com a compra de passagens e pagamento de diárias a servidores públicos em missões oficiais. Desse total, 86% são referentes a viagens nacionais e 14% a bilhetes internacionais.

Na última sexta-feira, 13, a Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia baixou uma instrução normativa que determina a necessidade de os órgãos públicos “reavaliarem criteriosamente a necessidade de realização de viagens internacionais a serviço programadas enquanto perdurar o estado de emergência de saúde pública decorrente do coronavírus”. Com isso, a maioria das missões foi cancelada, sobretudo após a contaminação do secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten. 

O governo determinou que os funcionários públicos que realizarem viagens internacionais, a serviço ou privadas, e apresentarem sintomas associados ao coronavírus só poderão voltar ao trabalho 14 dias depois e terão que fazer home office. Quem não puder trabalhar remotamente ficará dispensado do serviço.

Como há orientações oficiais para reavaliação de eventos e reuniões com número elevado de participantes, a tendência é que as viagens nacionais também despenquem, apesar de a instrução normativa não tratar de deslocamentos internos.