Após embates, governadores avaliam de forma positiva reunião com Bolsonaro
Após semanas de embates, governadores avaliaram de forma positiva a reunião por videoconferência com o presidente Jair Bolsonaro (foto) nesta quinta-feira, 21, sobre o plano de socorro a estados e municípios, que prevê a transferência direta de 60 bilhões de reais e a proibição da concessão de reajustes salariais a servidores públicos por 18 meses....
Após semanas de embates, governadores avaliaram de forma positiva a reunião por videoconferência com o presidente Jair Bolsonaro (foto) nesta quinta-feira, 21, sobre o plano de socorro a estados e municípios, que prevê a transferência direta de 60 bilhões de reais e a proibição da concessão de reajustes salariais a servidores públicos por 18 meses.
Na conversa, o chefe do Palácio do Planalto confirmou que vetará o trecho da proposta que livrou algumas categorias do funcionalismo do congelamento salarial e ouviu pedidos pela sanção do artigo que prevê a suspensão do pagamento de dívidas bancárias com instituições privadas, públicas e multilaterais.
Adversário político de Bolsonaro, o governador de São Paulo, João Doria, disse ter saído do encontro satisfeito. O tom ameno se contrapõe ao histórico de rusgas entre os dois, que costumam protagonizar embates públicos e trocas de críticas.
“Quero registrar aqui que estou pessoalmente feliz por termos concluído uma reunião, de parte a parte, pelos governadores e pela Presidência da República, em paz e em harmonia, com o objetivo de proteger os brasileiros, melhorar o enfrentamento à crise de saúde, social e econômica. Agora não é hora de política. E esta reunião foi uma demonstração de sabedoria, de bom senso e de equilíbrio de todos que estavam participando”, afirmou em coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
O petista Camilo Santana, que governa o Ceará, defendeu “a união de todos, deixando de lado divergências políticas e ideológicas”. “O mais importante é a proteção de todos brasileiros para superar a crise”, escreveu no Twitter.
Governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB, declarou que a reunião “foi um sinal positivo”. Ele reclamou, contudo, da falta de clareza sobre os pontos da proposta que serão vetados. “Espero que o diálogo institucional se mantenha como regra, e não exceção.”
Waldez Goés, que comanda o Amapá, afirmou que “a reunião reforça a busca por integração nas ações de combate à Covid-19 e a proteção da vida dos brasileiros”. Ele, no entanto, criticou o veto à possibilidade de concessão de reajuste a algumas categorias. “Houve consenso em relação a suspensão da dívida pública, mas entendemos que os direitos dos trabalhadores da segurança pública, saúde e educação devem ser mantidos”, disse nas redes sociais.
O encontro representou uma trégua entre os chefes de Executivos estaduais e o presidente. Nas últimas semanas, Bolsonaro fez duras críticas a governadores e prefeitos devido às medidas restritivas adotadas em estados e municípios.
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