Após crise diplomática, Milei vai sair para cantar
Javier Milei (foto), o presidente da Argentina, vai deixar momentaneamente o cargo de líder de um país com a economia ainda em destroços e em crise diplomática com sua antiga colonizadora para poder subir no palco e cantar em público. Durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira, 21, o porta-voz do governo argentino, Luis Adorni,...
Javier Milei (foto), o presidente da Argentina, vai deixar momentaneamente o cargo de líder de um país com a economia ainda em destroços e em crise diplomática com sua antiga colonizadora para poder subir no palco e cantar em público.
Durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira, 21, o porta-voz do governo argentino, Luis Adorni, garantiu que Milei participará do lançamento do seu novo livro no Luna Park, uma casa de shows com capacidade para 12 mil pessoas na região de Puerto Madero.
No briefing de Adorni, o libertário "vai participar de um show onde ele mesmo vai cantar e vai ser a figura principal deste show musical, inédito na Argentina". A setlist, no entanto, deve permanecer um mistério até lá.
Não seria no entanto, uma surpresa: ele já teve uma banda cover do grupo britânico The Rolling Stones, onde cantava (ou tentava cantar) como Mick Jagger. Na TV argentina, ele desafinava ainda no ano passado, pouco antes de entrar em campanha eleitoral.
O presidente ainda tenta dar um lançamento para seu livro "Capitalismo, Socialismo y la Trampa Neoclásica"("Capitalismo, socialismo e a armadilha neoclássica", em tradução livre). No início do mês, ele deixou de lançar a publicação na tradicional feira do livro de Buenos Aires, por medo de suposta "sabotagem".
Na publicação, além de discursos dados por Milei em convenções conservadoras nos Estados Unidos, o economista de formação analisa o que entende ser problemas sobre a estrutura formal da "economia neoclássica" — onde o mecanismo de oferta e demanda dos mercados age para formar preços e geração de riqueza na sociedade. Para o presidente argentino, todos esses problemas presente na estrutura neoclássica derivam, ao fim, no socialismo.
O livro é o terceiro de Milei, que já teve outras duas publicações traduzidas para o português e vendidas por aqui.
O timing para o lançamento do livro não poderia ser melhor, já que ele está no centro das atenções tanto da Argentina, quanto da Espanha, que ordenou a saída da sua embaixadora em Buenos Aires por causa de Milei. Após não pedir desculpas por ter chamado a esposa do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchéz, de corrupta, ele dobrou a aposta e elevou a temperatura entre os dois países.
"Se [Pedro] Sánchez está cometendo um erro maiúsculo [em reter sua embaixadora], eu não vou ser um semelhante imbecil em repetir. Vamos manter todo como está, porque quem não está a altura da política internacional são eles", disse o chefe de Estado argentino ao canal de TV La Nación.
Leia mais em Crusoé: Milei dobra a aposta após Espanha retirar embaixadora do país
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