Após Aras ressuscitar caso Tacla Duran, amigo de Moro contrata advogado
O advogado Carlos Zucolotto Jr., amigo do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, já contratou um advogado para defendê-lo após o procurador-geral da República, Augusto Aras (foto), ressuscitar tratativas para um acordo de delação premiada com Rodrigo Tacla Duran, doleiro acusado de operar quantias milionárias fora do país pela Odebrecht. Duran, que diz...
O advogado Carlos Zucolotto Jr., amigo do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, já contratou um advogado para defendê-lo após o procurador-geral da República, Augusto Aras (foto), ressuscitar tratativas para um acordo de delação premiada com Rodrigo Tacla Duran, doleiro acusado de operar quantias milionárias fora do país pela Odebrecht.
Duran, que diz ter sido advogado da empreiteira, alega que Zucolotto teria pedido 5 milhões de dólares para facilitar um acordo com a força-tarefa da Lava Jato. Do total, segundo diz o doleiro, 612 mil dólares teriam sido repassados ao criminalista Marlus Arns, que já trabalhou com Rosângela Moro, esposa do ex-ministro.
A estratégia da defesa de Zucolotto, segundo apurou Crusoé, será reapresentar as provas de que não prestou serviços ao doleiro e sugerir o depoimento de Arns, a quem Duran diz ter feito os pagamentos. O advogado que irá defender o amigo de Moro é René Ariel Dotti, conhecido criminalista paranaense que já atuou na Lava Jato para a Petrobras.
O ressurgimento das tratativas com a PGR mesmo após o caso ter sido arquivado em 2018 é visto pela defesa de Moro como uma perseguição de Augusto Aras em razão da saída do ex-juiz da Lava Jato do governo Jair Bolsonaro. O procurador-geral foi escolhido pelo presidente para ocupar o cargo fora da lista tríplice.
A força-tarefa da Operação Lava Jato já afirmou que as tratativas com Tacla Duran, quando ocorreram, tiveram como representante legal outro advogado. Segundo os procuradores, o doleiro "comprovadamente inventou histórias para atacar a credibilidade das autoridades, narrando falsamente, por exemplo, que os procuradores brasileiros teriam se recusado a colher seu depoimento na Espanha, quando foi ele quem informou expressamente às autoridades espanholas que exerceria seu direito ao silêncio, razão pela qual os procuradores não se deslocaram para a Espanha".
Procurado, o advogado Marlus Arns não quis se manifestar.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)