'Amor à primeira vista' de Bolsonaro, presidente do STJ pode tirar Queiroz da cadeia
Estão no gabinete do presidente do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio de Noronha (foto), dois habeas corpus apresentados pela defesa de Fabrício Queiroz e da mulher dele, Márcia Oliveira de Aguiar, que podem tirar da prisão o amigo do presidente Jair Bolsonaro e ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro. Os recursos foram enviados ao STJ...
Estão no gabinete do presidente do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio de Noronha (foto), dois habeas corpus apresentados pela defesa de Fabrício Queiroz e da mulher dele, Márcia Oliveira de Aguiar, que podem tirar da prisão o amigo do presidente Jair Bolsonaro e ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro.
Os recursos foram enviados ao STJ no início da noite de segunda-feira, 6, pela desembargadora Suimei Cavalieri, do Tribunal de Justiça do Rio, no processo relacionado ao suposto esquema de desvio e lavagem de dinheiro operado por Queiroz sob o comando do filho 01 do presidente no antigo gabinete dele na Assembleia Legislativa do Rio.
Queiroz está preso em Bangu, no Rio, desde o 18 de junho, quando foi encontrado na casa do advogado Frederick Wassef, então defensor de Flávio e do presidente Bolsonaro, na cidade de Atibaia, no interior paulista. A mulher dele continua foragida. Um dos recursos apresentados pela defesa de Queiroz pede o direito à prisão domiciliar ao ex-assessor, que faz tratamento contra um câncer na região do intestino, segundo seus advogados.
Os recursos foram distribuídos a Noronha porque é o presidente do STJ quem decide sobre todos os habeas corpus apresentados na corte durante o recesso do Judiciário, que vai até o dia 31 de julho. Noronha deixará o comando da corte no fim de agosto e é um dos nomes cotados para a próxima vaga no Supremo Tribunal Federal, que será aberta em novembro com a aposentadoria do ministro Celso de Mello.
Além de ter dado algumas decisões monocráticas favoráveis a Bolsonaro, como derrubar a decisão que o obrigava a tornar público os exames de Covid-19 em maio, o ministro do STJ foi publicamente elogiado pelo chefe do Planalto, que revelou ter conversado algumas vezes com ele.
"Prezado Noronha, permita-me fazer assim, presidente do STJ. Eu confesso que a primeira vez que o vi foi um amor à primeira vista. Me simpatizei com Vossa Excelência. Temos conversado com não muita persistência, mas as poucas conversas que temos o senhor ajuda a me moldar um pouco mais para as questões do Judiciário", disse Bolsonaro no dia 29 de abril, durante a cerimônia de posse do ministro da Justiça, André Mendonça, outro cotado para a próxima vaga no STF.
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