Alvo da Lava Jato, filho de Asfor Rocha comprou 30 imóveis em seis anos
Alvo da Lava Jato por suspeita de corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro, o advogado Caio Rocha (foto), filho do ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Cesar Asfor Rocha, comprou cerca de 30 imóveis entre 2013 e 2018, segundo levantamento feito pela força-tarefa do Rio de Janeiro. Os bens foram adquiridos em nome...
Alvo da Lava Jato por suspeita de corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro, o advogado Caio Rocha (foto), filho do ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Cesar Asfor Rocha, comprou cerca de 30 imóveis entre 2013 e 2018, segundo levantamento feito pela força-tarefa do Rio de Janeiro.
Os bens foram adquiridos em nome da empresa de gestão e administração imobiliária CCVR Participações. A empresa foi aberta por Caio Rocha junto com a mulher em dezembro de 2010, dois meses após o pai deixar a presidência do STJ. Em 2012, Asfor Rocha antecipou sua aposentadoria e voltou a atuar como advogado, com o filho.
A empresa tem capital social de 26,9 milhões de reais e registrou apenas um único empregado. Para os procuradores da Lava Jato fluminense, essa é uma "dinâmica que pode indicar o uso de empresa de fachada para lavagem de dinheiro".
Ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, o STJD, Caio Rocha virou réu junto com o pai, Asfor Rocha, por suposto envolvimento no esquema de desvio de dinheiro do Sistema S por meio de contratos fictícios de advocacia fechados pela Fecomércio, na gestão do ex-presidente Orlando Diniz.
Segundo o Ministério Público Federal, Asfor Rocha recebeu 2,67 milhões de reais por meio de subcontratações feitas por três escritórios contratados pela entidade entre os anos de 2015 e 2016. As tratativas foram reveladas por Crusoé em dezembro.
No ano passado, pai e filho foram alvo de mandados de busca e apreensão e de quebra de sigilo bancário em outra operação, deflagrada pela força-tarefa da Lava Jato em São Paulo, pelo suposto recebimento de propina da Camargo Corrêa para paralisar a Operação Castelo de Areia em 2010.
A investigação considerada a primeira versão da Lava Jato foi suspensa por uma liminar de Asfor Rocha, presidente do STJ à época. Em delação premiada, o ex-ministro Antonio Palocci afirmou que a empreiteira pagou 5 milhões de dólares na Suíça a Caio Rocha para conseguir a decisão favorável do pai no tribunal. Ambos negam as acusações.
Em nota, Asfor e Caio Rocha afirmam que nunca prestaram serviços e nem receberam dinheiro da Fecomércio, mas não negam terem recebido repasses de outros escritórios contratados pela entidade do Rio, como consta da denúncia oferecida pela Lava Jato.
"As suposições feitas pelo Ministério Público em relação a nosso escritório não têm conexão com a realidade. Jamais prestamos serviços nem recebemos qualquer valor da Federação do Comércio do Rio de Janeiro, tampouco de Orlando Diniz", afirma Asfor Rocha, por meio de nota.
Mesmo após tornar-se alvo de investigação, o ex-ministro Asfor Rocha continua a circular com desenvoltura pelo STJ. Na semana retrasada, ele estava entre os convidados da posse do novo presidente da corte, Humberto Martins, também citado em apurações da Lava Jato. O filho de Martins, o advogado Eduardo Martins, também integra a extensa lista de beneficiários de pagamentos da Fecomércio.
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Comentários (10)
Sergio
2020-09-15 04:36:20Ah se Bolsonaro comprasse 30 imóveis tava FU.
Luiz
2020-09-14 11:19:14Agora vcs entendem porque uma parcela da população pede intervenção militar ? Está tudo dominado.....
Silvino
2020-09-14 10:50:46Eles continuam circulando pelos gabinetes pois tem certeza da impunidade. Precisou Fachin vir a público e declarar que todos são iguais perante a lei, e que o Juidiciário é leniente com à corrupção. Por outro lado, ao ver o discurso do Humberto Martins elogiando Tofinho (aquele da OAS e Odebrechet ) recheado de baboseiras e inutilidades, chega-se a conclusão que todos estão irmanados e blindados de uma possível ação judicial. Uma mão lava a outra.Por fim, Estamos realmente perdidos
Ney
2020-09-14 08:11:24A quadrilha do jumento corrupto fdp que elegemos presidente também investe no segmento imobiliário
Marco
2020-09-14 01:26:21está cheio de Ronaldinhos também no judiciário. achei que era só só executivo e legislativo. ledo engano as instituições estão podres no Brasil. não sei se tem solução
Saulo
2020-09-13 23:39:28Esse país não tem jeito. E a coisa não vai mudar, sempre caminhou desse jeito. Quem puder caia fora o quanto antes.
Claudio
2020-09-13 10:46:31Brasil ; o melhor lugar para ser ladrão !! Nunca nenhum país nos alcançará nesse título ...
Silvia .
2020-09-13 02:04:46Basta para o acusado simplesmente negar as acusacoes e tchau ?
Inês
2020-09-12 23:17:26Chegou a hora da lava toga sair da gaveta do Davi Alpacino, não é possível que o movimento Muda Senado é minoria, os representantes tem de fazer a vontade do povo ou então daremos o troco nas eleições, estamos de olho em vocês.
ALFREDO
2020-09-12 22:57:21LAVA TOGA JÁ !!!