Aliado de Doria anula CPI que investigaria corrupção em governos tucanos
O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Carlão Pignatari (foto), do PSDB, anulou o ato de criação da CPI da Dersa, que investigaria fraudes e desvios de dinheiro em obras feitas pela estatal durante os governos tucanos, como a construção do Rodoanel. Aliado do governador João Doria, pré-candidato do PSDB à Presidência da República em 2022,...
O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Carlão Pignatari (foto), do PSDB, anulou o ato de criação da CPI da Dersa, que investigaria fraudes e desvios de dinheiro em obras feitas pela estatal durante os governos tucanos, como a construção do Rodoanel.
Aliado do governador João Doria, pré-candidato do PSDB à Presidência da República em 2022, Pignatari acolheu um pedido feito pelo deputado Campos Machado, do Avante, que alegava "inexistência de fato determinado" no objeto da CPI, proposta por parlamentares do PT com apoio de deputados bolsonaristas.
Na decisão, publicada no Diário Oficial de sábado, 4, o presidente da assembleia afirma que os proponentes da CPI apresentaram uma "colagem" com "alegações genéricas de supostas irregularidades a serem apuradas como um todo". Após dois anos na fila, a comissão deveria ter sido instalada em abril deste ano.
O objeto da CPI era apurar "fraude nas licitações e contratos do governo" e "desvio de recursos públicos" das obras viárias contratadas pela Dersa entre nos de 2007 e 2019, o que incluiria as gestões dos tucanos José Serra e Geraldo Alckmin, e o primeiro ano de mandato de Doria.
A manobra para anular uma investigação com potencial para desgastar a imagem dos tucanos em pleno ano eleitoral foi antecipada por Crusoé em outubro. Deputados petistas chegaram a entrar com um pedido de liminar na Justiça para conseguir a instalação da CPI, mas o pleito foi negado.
O principal alvo da CPI seria o engenheiro Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, ex-diretor da Dersa e operador do PSDB que já foi preso e condenado pela Lava Jato -- hoje ele está em prisão domiciliar. Uma das condenações foi anulada pelo Superior Tribunal de Justiça.
Em acordos de delação premiada, executivos de empreiteiras como a Odebrecht confessaram ter formado cartel e distribuído propina a agentes públicos e políticos paulistas para a obtenção de contratos de obras bilionárias da Dersa, com os trechos do Rodoanel, anel viário na Grande São Paulo que ainda não foi concluído.
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Comentários (4)
Elisa Oliver
2021-12-06 11:40:50Aliviando a vida dos bandidos. Não confio em Doria
Odete6
2021-12-06 11:32:06Um comentário em síntese: conduta vergonhosa e dígna de idiotas. Caso tivessem tentado fazer o contrário, expurgando as antigas porcarias 'interna corporis', teriam sinalizado ao eleitor uma disposição redentora e, embora tivessem que cortar 99% na própria carne, poderiam optar por uma plena e verdadeira renovação.
MARCOS
2021-12-06 11:01:59CORRUPTOS DEFENDEM CORRUPTOS.
FRANCISCO AMAURY GONÇALVES FEITOSA
2021-12-06 10:28:30político ladrão? no Brssil tem disso não . vá ver é na França.