Gage Skidmore via Wikimedia commons

Agora, é Trump quem sofre com críticas à idade

18.08.24 17:12

Desde a desistência do presidente Joe Biden da corrida presidencial, no final de julho, é Donald Trump que passou a se tornar o candidato mais velho da história das eleições americanas. Biden, que tem 81 anos, sofreu pressão de diversos setores — e até uma dura capa da The Economist — sobre sua apatia, incompatível para o cargo. Pouco a pouco, essa sensação vai passando para o republicano, que tem 78 anos.

Uma pesquisa da Marquette University Law of School, tornada pública pela CNN, mostrou que 58% dos prováveis eleitores em novembro consideram que Trump está velho demais para ser presidente dos EUA. Em maio, eram 53%, o que aponta um crescimento acima da margem de erro em três meses.

Dentro do espectro democrata, essa dúvida quase desapareceu por completo após a entrada de Kamala Harris na disputa. Em maio, 78% dos prováveis eleitores achavam que Joe Biden estava velho demais para ser presidente. Agora, com a candidata de 59 anos na disputa, apenas 11% pensam o mesmo.

Antes de a disputa presidencial nos EUA esquentar de vez a partir do primeiro debate entre Trump e o então candidato Joe Biden, em 27 de junho, a idade dos dois já era um dos principais pontos da campanha. Ambos já eram, naquele ponto, os homens mais velhos a disputarem e vencerem uma eleição para presidente; Biden tentava esticar ainda mais o recorde, tentando uma nova vitória sobre o republicano dias antes do seu 82º aniversário.

O debate sobre uma gerontocracia —quando os governantes de um país são muito mais velhos que aqueles que estes representam— paira há algum tempo nos Estados Unidos. A média de idade do país é de 38 anos, mas é comum ver parlamentares acima dos 80 anos em atividade (algo raro no Brasil) e mesmo na faixa dos nonagenários (algo inédito por aqui). O recordista se manteve no cargo de senador até os 100 anos, pouco antes de sua morte.

O ápice desse debate se deu no primeiro debate entre os então dois candidatos, quando Biden pareceu se embananar e perder o raciocínio diversas vezes durante o embate de ideias contra Trump. O presidente tentou justificar em cansaço, gripe e mesmo fatiga de viagem, mas não conseguiu manter apoio a sua campanha.

Leia mais em Crusoé: O “date” de Kamala Harris e Tim Walz 

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