Afinal, como está o desmatamento na Amazônia?
No final de janeiro, o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) informou que o acumulado de alertas de desmatamento na Amazônia Legal (foto) foi de 167 km². No mesmo período de 2022, o índice chegou a 430 km². Houve, portanto, queda de 61% na comparação anual. Em fevereiro, a situação se inverteu. No mês passado, o...
No final de janeiro, o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) informou que o acumulado de alertas de desmatamento na Amazônia Legal (foto) foi de 167 km². No mesmo período de 2022, o índice chegou a 430 km². Houve, portanto, queda de 61% na comparação anual.
Em fevereiro, a situação se inverteu. No mês passado, o acumulado de alertas de desmatamento na Amazônia Legal foi de 322 km², segundo o Inpe. Trata-se do maior nível para o mês em toda a série histórica do órgão.
Afinal, o desmatamento está diminuindo ou aumentando na Amazônia?
Antes da resposta, vale uma breve explicação. Os dados divulgados mensalmente pelo Inpe são do Deter, o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter). O satélite capta imagens diárias de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²) — tanto para áreas totalmente desmatadas como para aquelas em processo de degradação florestal.
O Deter é uma medida um pouco grosseira, que por isso é chamada apenas de "alertas de desmatamento". Para conferir de fato quanto o desmatamento diminuiu ou aumentou, é preciso esperar a divulgação do Prodes, também pelo Inpe, no final do ano.
Mas é possível, sim, ter alguma ideia de como está o desmatamento a partir do Deter, ainda que não seja muito precisa.
"O Deter muitas vezes não capta o desmatamento que aconteceu em um determinado mês, por influência de nuvens ou algum outra circunstância dos satélites. Às vezes, o satélite passa uma, duas, três vezes numa área e não consegue fazer a leitura do que está acontecendo em uma data área, normalmente por causa do excesso de nuvens. E aí, em algum momento, ele passa de novo na área, faz a leitura, mas então aquele desmatamento que ocorreu num período muito anterior da leitura acaba sendo computado só no mês seguinte", diz Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.
"Por isso, o aconselhável é olhar para o Deter com um agregado de meses. E esse olhar nos mostra que o desmatamento está num patamar muito alto. Se a gente pegar os dados de agosto do ano passado até fevereiro de 2023, veremos que o acumulado está 41% maior do que no período anterior. Então, aí temos uma fotografia mais real do comportamento do desmatamento na Amazônia", diz Astrini.
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Comentários (2)
Odete6
2023-03-26 00:46:57É 1 verdadeiro horror a devastação de 1 M2 q seja de tão densa riqueza natural! Só mesmo os absolutamente ignorantes e obtusos são desprovidos da mínima noção do q seja a tamanha riqueza p/ o EXTRATIVISMO SUSTENTÁVEL e a CIÊNCIA contidos em cada M2 desse ÉDEN de RECURSOS NATURAIS! Ñ há índice algum de devastação tolerável no incomensuravel mar verde e multicolorido de pródiga riqueza do BRASIL e da HUMANIDADE, onde cada peq. parte de terra, vegetação, animais, água e ar indubitavelmente importa!
Benjamin Gomes Neto
2023-03-25 11:37:55Esse é um assunto muito sério! Para mim, não interessa quantos hectares mensais foram desmatados. O que me interessa é zerar o desmatamento da Amazônia...