A "saidinha" de Guilherme Derrite
Tarcísio de Freitas (Republicanos), o governador de São Paulo, deu uma certa folga a seu secretário de Segurança Pública, o ex-policial militar Guilherme Derrite (foto). Pressionado por dezenas de mortes em operações da PM paulista, e fritado por parte da própria corporação, ele foi exonerado temporariamente nesta terça-feira, 12, para retomar o seu mandato como...
Tarcísio de Freitas (Republicanos), o governador de São Paulo, deu uma certa folga a seu secretário de Segurança Pública, o ex-policial militar Guilherme Derrite (foto). Pressionado por dezenas de mortes em operações da PM paulista, e fritado por parte da própria corporação, ele foi exonerado temporariamente nesta terça-feira, 12, para retomar o seu mandato como deputado federal.
O motivo da "saidinha" de Derrite é justamente relatar o projeto de Lei que proíbe a saidinha de presos em todo o Brasil durante datas comemorativas. O texto, caro à bancada da bala, foi aprovado no mês passado pelo Senado Federal e agora volta à Câmara.
Já estava nos planos de Derrite — que foi o relator da primeira tramitação do PL que extingue as saidinhas quando esta tramitava na Câmara — retomar o cargo como deputado do PL paulista. Ele contou com a anuência de Arthur Lira (PP-AL), o presidente da Câmara dos Deputados, para a manobra.
A legislação atual permite que juízes autorizem as saidinhas a detentos do regime semiaberto para visitas à família; cursos profissionalizantes, de ensino médio e de ensino superior e atividades de retorno do convívio social.
O projeto aprovado pelos senadores extingue duas possibilidades — visitas e atividades de convívio social —, mantendo somente a autorização de saída temporária para estudos e trabalho externo ao sistema prisional. Segundo relatório do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), a extinção do benefício é medida necessária e contribuirá para reduzir a criminalidade.
Como o texto sofreu alterações no Senado, ele retornará à Câmara para nova avaliação.
Derrite também ganha um respiro no seu estado. Ex-policial militar da Rota — a tropa de elite de São Paulo, de onde saiu por "excesso de mortes" — Derrite vinha sofrendo pressão dos próprios PMs por trocar cargos do comando da corporação sem ouvi-los. Além disso, na última semana sua pasta e o governo Tarcísio foram acusados de mortes em operações da PM na baixada santista.
O governador ironizou que uma denúncia seria levada ao Tribunal Penal Internacional, em Haia — e disse que "pode levar pra Liga da Justiça, pro raio que o parta, eu não estou nem aí."
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Comentários (2)
Amaury G Feitosa
2024-03-13 08:51:32O crime faz o que quer nesta galinheito que ousam chanmafr repúbliuca, ladrões e chefões do trpáfico são solyos pels altas cortes e ai de quem endurece a luta contra os opressores, algozes e governantes das periferias a massacrar o povo pobre ... uma nação vai ao lixo !!!
ORIPES COUTINHO
2024-03-13 01:50:21Se fosse o Flávio Dino não teria mordido nenhum bandido